S. Tomás Becket nasceu na Normandia, era senhor de grande riqueza e considerado um dos homens de grandes capacidades no seu tempo. Foi até comparado a Richelieu, com o qual na realidade se parecia pelas qualidades de homem de Estado e grande amor às grandezas.
Em 1155, Henrique II rei de Inglaterra nomeou-o seu chanceler. Quando vagou a Sé de Canterbury, Henrique II escolheu-o para a ocupar. Tomás foi ordenado sacerdote a 1 Junho de 1162 e sagrado Bispo dois dias depois. Desde então, passou a ser a pessoa mais importante a seguir ao rei e mudou inteiramente de vida, convertendo-se num dos prelados mais austeros.
Convencido de que o cargo de primeiro-ministro e o de príncipe de Inglaterra eram incompatíveis, Tomás pediu demissão do cargo de chanceler, o que descontentou muito o rei. Henrique II ficou ainda mais aborrecido quando, em 1164, por ocasião dos “concílios” de Clarendon e Northampton, o Arcebispo tomou o partido do Papa contra ele. Tomás viu-se obrigado a fugir, disfarçado em irmão leigo, e foi procurar asilo em Compiegne, junto de Luis VII.
Passou, a seguir, à abadia de Pontigny e depois à de Santa Comba, na região de Sens (França). Decorridos 4 anos, a pedido do Papa e do rei de França, Henrique II acabou por consentir em que Tomás regressasse à Inglaterra, O rei estava persuadido de que podia contar dai em diante com a submissão cega do Arcebispo, mas em breve reconheceu que muito se tinha enganado, pois este continuava a defender a Igreja Romana contra as pretensões régias. Desesperado, o rei exclamou um dia: “Malditos sejam os que vivem do meu pão e não me livram deste padre insolente”. Quatro cavaleiros tomaram à letra estas palavras, que não eram sem dúvida mais que uma exclamação de desespero. A 29 de Dezembro de 1170, à tarde, vieram encontrar-se com Tomás no seu palácio, exigindo-lhe que levantasse as censuras que tinha imposto. Recusou-se a isso e foi com eles tranquilamente para uma capela lateral da Sé.
“Morro de boa vontade por Jesus e pela Santa Igreja”, disse-lhes; e eles abateram-no com as espadas.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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