Profecia lapidar, categórica e expressiva daquilo que define o sentido da nossa vida: caminhamos para a Casa do Pai. Peregrinamos cercados por incompreensões, mas consolados e animados constantemente pela luz que vem de Deus. Luz que nos indica o caminho seguro para a nossa verdadeira Pátria.
Como disse o Papa Francisco: «Esta frase de Isaías comove-nos porque exprime a realidade profunda daquilo que somos: um povo em caminho e ao nosso redor ― e também dentro de nós ― há trevas e luz». E nesta Noite Santa de Natal, enquanto o espírito das trevas envolve grande parte deste mundo, o povo de Deus vê novamente essa grande luz: Jesus Cristo, envolto em paninhos e reclinado numa manjedoura.
Não pode haver tristeza na Noite em que nasce a Vida! Uma Vida que destrói o temor da morte. Uma Vida que nos infunde a alegria da eternidade prometida.
No desporto, pensar na meta nunca foi egoísmo. Também não o é na vida cristã. Sobretudo, quando essa Meta não é uma afirmação pessoal, não é um desejo de brilhar ou de ser melhor do que os outros. É um Amor que nos leva à entrega, à generosidade, ao serviço desinteressado, ao esquecimento próprio. Enfim, a tudo aquilo que nos faz felizes já nesta Terra.
Sem o Menino, a alma torna-se azeda pelas asperezas da vida, os inevitáveis fracassos, a ressaca de satisfações passageiras. Com Ele, quanto mais vivemos, mais rejuvenescemos.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
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