Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Convidados às núpcias

São João Paulo II
Carta apostólica «Mulieris Dignitatem» §23

«Por isso, o homem deixará o pai e a mãe, unir-se-á à sua mulher e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério: mas eu interpreto-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5, 25-32). Este texto da Carta aos Efésios [...] compara o carácter esponsal do amor entre o homem e a mulher com o mistério de Cristo e da Igreja. Cristo é o Esposo da Igreja, a Igreja é a Esposa de Cristo. Esta analogia não deixa de ter precedentes: ela transfere para o Novo Testamento o que já estava presente no Antigo Testamento, particularmente nos profetas Oseias, Jeremias, Ezequiel e Isaías (Os 1,2; 2,16-18; Jr 2,2; Ez 16,8; Is 50,1; 54,5-8). Essa mulher-esposa é Israel, enquanto povo escolhido por Deus, e esta eleição tem a sua origem exclusiva no amor gratuito de Deus. É justamente por este amor que se explica a Aliança, apresentada frequentemente como uma aliança matrimonial, que Deus renova sempre com o Seu povo escolhido. Esta aliança é, da parte de Deus, «um compromisso» duradouro; Ele permanece fiel ao Seu amor esponsal, embora a esposa se tenha demonstrado muitas vezes infiel.

Esta imagem do amor esponsal ligada com a figura do Esposo divino — uma imagem muito clara nos textos proféticos — encontra a sua confirmação e coroamento na Carta aos Efésios [...], onde nos é oferecida a expressão mais plena da verdade sobre o amor de Cristo redentor, segundo a analogia do amor esponsal no matrimónio [...]: «Cristo amou a Igreja e entregou-Se por ela» (5, 25); e nisto se confirma plenamente o facto de a Igreja ser a esposa de Cristo: «O teu redentor é o Santo de Israel» (Is 54, 5). No texto paulino, a analogia da relação esponsal toma ao mesmo tempo duas direcções, que formam o conjunto do «grande mistério» («sacramentum magnum»). A aliança própria dos esposos «explica» o carácter esponsal da união de Cristo com a Igreja, e esta união, por sua vez, como «grande sacramento», decide da sacramentalidade do matrimónio como aliança santa dos esposos, homem e mulher.

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