Animado pela vibração apostólica de difundir a prática da doutrina social da Igreja, D. Álvaro recomendou a organização de escolas com sentido cristão, para a formação de empresários e dirigentes, como já S. Josemaria tinha feito. Mas não se conformou com a sua implementação apenas em países desenvolvidos, insistindo em que esses projetos se promovessem também nos países em vias de desenvolvimento, consciente da sua importância para a resolução dos problemas originados pelas excessivas desigualdades sociais.
Numa das suas cartas pastorais, comentando a parábola do bom samaritano, D. Álvaro descobria novos matizes sobre a forma de unir a justiça e a caridade, atitude tão própria dos cristãos que caminham e se santificam no meio do mundo. Assim nos escrevia: «O esforço por atender e remediar, na medida do possível, as necessidades materiais do próximo, sem descuidar as outras obrigações próprias de cada um, como fez o bom samaritano, é próprio da fusão entre alma sacerdotal e mentalidade laical» [6]. Deus pede-nos, antes de mais, que santifiquemos o trabalho profissional e os deveres habituais do próprio estado. E no meio dessas ocupações, continuava D. Álvaro, o Senhor «permite que vos encontreis com a miséria e a dor de outras pessoas. Então, um sinal claro de que realizais as vossas tarefas com alma sacerdotal é que não passais ao lado, indiferentes. E sinal não menos claro é que o fazeis sem abandonar os outros deveres que tendes que santificar» [7].
[6]. D. Álvaro, Carta, 9-I-1993, n. 20 (“Cartas de família”, III, n. 387).
[7]. Ibid.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de julho de 2014)
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