Diário (Fátima, 2003), 1322
Vagueia, da minha vida, a barca,
Entre as sombras da noite e escuridão
E de terra não vejo marca,
Encontro-me num mar de imensidão.
A menor procela me pode afundar,
Mergulhando meu barco no turbilhão;
Se, ó Deus, por mim não estivésseis a velar,
A cada instante da vida, a cada ocasião.
Entre o estrondo da sondas, ululante
Navego tranquila e como quem confia,
E olho, infantil para o mais distante,
Porque vós, ó Jesus, sois o meu Guia.
À minha volta o terror do mar e o pavor
Mais que horror da minh’alma, a serenidade.
Porque quem convosco está não perecerá, Senhor,
Disso me assegura a divina caridade.
Cercam-me perigos, muitos em voragem,
Mas não temo, olho para o céu estrelado
E navego com alegria e coragem,
Como convém a um coração purificado.
Se a barca da minha vida vai em serenidade,
É, acima de tudo, por uma razão:
Por serdes vós, ó Deus, o meu guardião.
Eis meu testemunho de inteira humildade.
Entre as sombras da noite e escuridão
E de terra não vejo marca,
Encontro-me num mar de imensidão.
A menor procela me pode afundar,
Mergulhando meu barco no turbilhão;
Se, ó Deus, por mim não estivésseis a velar,
A cada instante da vida, a cada ocasião.
Entre o estrondo da sondas, ululante
Navego tranquila e como quem confia,
E olho, infantil para o mais distante,
Porque vós, ó Jesus, sois o meu Guia.
À minha volta o terror do mar e o pavor
Mais que horror da minh’alma, a serenidade.
Porque quem convosco está não perecerá, Senhor,
Disso me assegura a divina caridade.
Cercam-me perigos, muitos em voragem,
Mas não temo, olho para o céu estrelado
E navego com alegria e coragem,
Como convém a um coração purificado.
Se a barca da minha vida vai em serenidade,
É, acima de tudo, por uma razão:
Por serdes vós, ó Deus, o meu guardião.
Eis meu testemunho de inteira humildade.
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