Nem comentamos
se se assume como de Deus, pois em face das recentes posições e declarações do
Presidente da Conferência Episcopal dos Bispos Alemães, temos algumas dúvidas.
A hierarquia
da Igreja ao admitir como possível a anulação de casamentos com o argumento da
falta de fé a ser discutida no Sínodo de outubro abriu a Caixa de Pandora e
permitirá que usando o mesmo argumento, batizados em criança venham a invoca-lo
para pedir a nulidade do batismo. Diga-se em abono da verdade, que duas semanas
antes de resignar Bento XVI ainda que com muita cautela já o havia admitido (vide AQUI)
Ora sucede que
na Alemanha tal não convém à Igreja que tudo faz para colectar a tristemente
famosa taxa aos batizados Kirchensteuer,
que no caso dos estrangeiros residentes no país chega ao extremo de as dioceses
alemãs pedirem às do país de origem a confirmação se um determinado cidadão é
batizado não reconhecendo a sua declaração como não crente ou manifestar o desejo de sair da Igreja Kirchenaustritt (saída da Igreja) levando o fisco alemão a cobrar a
taxa. (vide ‘Le Figaro’ AQUI)
Poder-se-á dizer que o
sistema está implementado há décadas pelo estado alemão como forma de
financiamento às instituições religiosas, mas tal não significa que o sistema
não esteja errado e ver uma parte da minha Igreja aferrada a tal sistema
provoca-me um enorme desconforto e desconfiança, mas quem sou eu para julgar?
Não é bem assim, se amamos a Jesus Cristo e o queremos seguir em tudo não
podemos nem devemos pecar por omissão e silêncio.
Aliás, está-se a pecar
por simonia, Simão Mago, “Pedro porém disse-lhe: «O teu dinheiro pereça
contigo, visto que julgaste que o dom de Deus se pode adquirir com dinheiro»” (Act 8, 20).
JPR
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