Audiência geral de 17/02/2010
O momento favorável e de graça da Quaresma mostra-nos o próprio significado espiritual através da antiga fórmula: «Recorda-te que és pó e pó te hás-de tornar», que o sacerdote pronuncia quando impõe sobre a nossa cabeça um pouco de cinza. Somos assim remetidos para o início da história humana, quando o Senhor disse a Adão, depois do pecado original: «Com o suor do teu rosto comerás o pão, enquanto não voltares à terra, porque dela foste tirado: tu és pó e pó te hás-de tornar!» (Gn 3, 19)
[…] O homem é pó e pó se há-de tornar, mas é pó precioso aos olhos de Deus, porque Deus criou o homem destinando-o à imortalidade. Assim, a fórmula litúrgica «Recorda-te que és pó e pó te hás-de tornar» encontra a plenitude do seu significado em referência ao novo Adão, Cristo. Também o Senhor Jesus quis partilhar livremente com cada homem o destino da fragilidade, sobretudo através da sua morte na cruz; mas infelizmente esta morte, cheia do seu amor pelo Pai e pela humanidade, foi o caminho para a ressurreição gloriosa, através da qual Cristo Se tornou fonte de uma graça doada a quantos creem nele e são tornados partícipes da própria vida divina.
Esta vida que não terá fim já está a decorrer na fase terrena da nossa existência, mas será levada a cumprimento depois «da ressurreição da carne». O pequeno gesto da imposição das cinzas revela-nos a singular riqueza do seu significado: é um convite a percorrer o tempo quaresmal como uma imersão mais consciente e intensa no mistério pascal de Cristo, na sua morte e ressurreição, mediante a participação na Eucaristia e na vida de caridade que da Eucaristia nasce e na qual encontra o seu cumprimento. Com a imposição das cinzas renovamos o nosso compromisso de seguir Jesus, de nos deixarmos transformar pelo seu mistério pascal, para vencer o mal e praticar o bem, para fazer morrer o nosso «homem velho» ligado ao pecado e fazer nascer o «homem novo» transformado pela graça de Deus.
[…] O homem é pó e pó se há-de tornar, mas é pó precioso aos olhos de Deus, porque Deus criou o homem destinando-o à imortalidade. Assim, a fórmula litúrgica «Recorda-te que és pó e pó te hás-de tornar» encontra a plenitude do seu significado em referência ao novo Adão, Cristo. Também o Senhor Jesus quis partilhar livremente com cada homem o destino da fragilidade, sobretudo através da sua morte na cruz; mas infelizmente esta morte, cheia do seu amor pelo Pai e pela humanidade, foi o caminho para a ressurreição gloriosa, através da qual Cristo Se tornou fonte de uma graça doada a quantos creem nele e são tornados partícipes da própria vida divina.
Esta vida que não terá fim já está a decorrer na fase terrena da nossa existência, mas será levada a cumprimento depois «da ressurreição da carne». O pequeno gesto da imposição das cinzas revela-nos a singular riqueza do seu significado: é um convite a percorrer o tempo quaresmal como uma imersão mais consciente e intensa no mistério pascal de Cristo, na sua morte e ressurreição, mediante a participação na Eucaristia e na vida de caridade que da Eucaristia nasce e na qual encontra o seu cumprimento. Com a imposição das cinzas renovamos o nosso compromisso de seguir Jesus, de nos deixarmos transformar pelo seu mistério pascal, para vencer o mal e praticar o bem, para fazer morrer o nosso «homem velho» ligado ao pecado e fazer nascer o «homem novo» transformado pela graça de Deus.
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