Jesus saiu do seu “local de trabalho”
entrou no infinito salão onde repousam as almas,
e perguntou:
Que gargalhadas são estas,
que não me deixam trabalhar?
Pedro olhou para Ele
e disse:
Foi a Fernandinha que acabou de chegar,
e entre história e graças,
é só rir, não conseguimos parar.
E continuou:
Calcula Tu,
oh, Senhor,
disse em tom de voz quase mudo,
que assim que ela me viu,
disse:
«Chega-te para lá, Pedro,
que ainda és um miúdo!»
Jesus riu,
abriu os braços e falou:
Percebo que assim tem que ser!
E com um ar admirado,
acrescentou:
Esta mulher,
tem uma vontade de viver!
Olhou então para ela,
com aquele olhar que é só seu.
E Pedro continuou:
Oh, Senhor,
já temos cá tantos daquela família
que um dia destes,
se não nos precavemos,
ainda tomam conta do Céu!
Jesus abriu um sorriso,
tomou a Fernandinha pela mão,
apertou-a junto ao peito
e murmurou-lhe ao ouvido:
Sê bem vinda,
minha filha,
ao eterno paraíso!
Marinha Grande, 5 de Agosto de 2014
Joaquim Mexia Alves
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