Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

D. Gerhard Müller: foi Jesus quem proibiu o divórcio? Sem excepções? (agradecimento 'É o Carteiro!')


Perguntas: responsabilidade de "É o Carteiro!"

5- Mas se os peritos não se entendem, não devia a Igreja optar pela interpretação mais benévola para as pessoas?
Contudo, a Igreja não pode basear a sua doutrina e a sua prática em hipóteses exegéticas controversas. Ela deve ater-se ao ensinamento claro de Cristo.
Paulo estabelece que a proibição de divórcio é uma vontade expressa de Cristo: «Mando aos casados, não eu mas o Senhor, que a mulher se não separe do marido. Se, porém, se separar, que não torne a casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não repudie a mulher» (1 Cor 7, 10-11).

6- Mas será também assim no caso de uma pessoa que se converte ao cristianismo e que vê, nessa ocasião, o marido não cristão, ou a mulher não cristã, abandoná-lo?
Ao mesmo tempo, baseando-se na própria autoridade, Paulo concede que um não cristão possa separar-se do seu cônjuge que se tornou cristão. Neste caso o cristão já não está «submetido à escravidão», isto é, já não está obrigado a permanecer não-casado (1 Cor 7, 12-16).
A partir desta posição, a Igreja reconheceu que só o matrimónio entre um homem e uma mulher baptizados é sacramento em sentido próprio e só para estes é válida a indissolubilidade incondicional.

7- Se a indissolubilidade "incondicional" é só para o matrimónio entre um homem e uma mulher baptizados, isso quer dizer que no matrimónio entre não baptizados também há indissolubilidade mas "condicional"? Como assim?
De facto, o matrimónio dos não-baptizados está subordinado à indissolubilidade, mas pode contudo ser dissolvido em determinadas circunstâncias – devido a um bem maior (Privilegium Paulinum).
Não se trata portanto de uma excepção ao ensinamento do Senhor: a indissolubilidade do matrimónio sacramental, do matrimónio no âmbito do Mistério de Cristo, permanece.

8- O que é que um matrimónio que seja sacramento tem a mais relativamente a um matrimónio que não seja sacramento?
De grande significado para o fundamento bíblico da compreensão sacramental do matrimónio é a Carta aos Efésios, na qual se afirma: «Maridos, amai as vossas mulheres como também Cristo amou a Igreja e por ela se entregou» (Ef 5, 25).
E mais adiante o apóstolo escreve: «Por isso, o homem deixará pai e mãe, ligar-se-á à mulher e passarão os dois a ser uma só carne. É grande este mistério; digo-o porém, em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5, 31-32).
O matrimónio cristão é um sinal eficaz da aliança de Cristo e da Igreja.
O matrimónio entre baptizados é um sacramento porque distingue e age como mediador da graça deste pacto.

Fonte:  artigo de D. Gerhard Ludwig Müller no Osservatore Romano

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