Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O braço de Deus não enfraqueceu

Numa antiga meditação, S. Josemaria considerava o exemplo daqueles primeiros irmãos na fé: homens sem grande cultura, sabedores do Seu martírio e da Sua morte violenta, aceitam contudo o papel de colaboradores de Cristo na salvação do mundo, e partem a derrubar o paganismo e a encher a Terra de sangue cristão. Muito em breve os há-de acompanhar Saulo, o antigo perseguidor, o que dava coices contra o aguilhão (cfr. At 9, 5). Aí vão todos, com a sua pureza, limpar o charco sujo e pantanoso do mundo pagão, combater, com as pequenas virtudes que praticam – o pudor, a modéstia, o recolhimento – a tendência para o prazer daquela sociedade (…). Foram até ao próprio coração do mundo antigo: estão em Roma. Que poderão eles fazer ali? A resposta é-nos dada pela História: o trono dos imperadores cai, e hoje, depois de dois mil anos, Pedro continua a ser Bispo de Roma [10].

Também hoje, perante os desafios da nova evangelização, temos de conservar bem vibrante a mesma esperança. Non est abbreviáta manus Dómini [11], o braço de Deus não enfraqueceu. Mas precisam-se homens e mulheres de fé, para que os prodígios da Sagrada Escritura se renovem. Há poucos dias, o Papa publicou a Exortação Apostólica Evangélii gáudium, relativa às conclusões da Assembleia Ordinária do último Sínodo dos Bispos, precisamente sobre a nova evangelização. Animo-vos a conhecer esse texto que, sem dúvida alguma, nos oferece novas luzes para dar um impulso maior a esta grande tarefa.

Não quero passar por alto a lembrança de que no próximo dia 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, ocorre um novo aniversário da locução divina que S. Josemaria ouviu – com palavras da Escritura –, no fundo da sua alma, em 1931, em momentos de sérias dificuldades no desenvolvimento da Obra inter médium móntium pertransíbunt aquae [12], as águas da graça atravessarão os montes, superando qualquer obstáculo, tudo o que se opõe ao Reino de Deus no progresso pessoal e na vida da Igreja e da humanidade. Porque esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé [13]. Contribuiremos assim para que se realize a meta do nosso Padre – regnáre Christum vólumus! Queremos que Cristo reine –, que descobrimos nos seus lábios e na sua pluma desde os primeiros momentos da fundação do Opus Dei.

[10]. S. JOSEMARIA, Notas de uma meditação, 26-VII-1937.
[11]. Is 59, 1.
[12]. Sl 103 (104) 10 (Vg).
[13]. 1 Jo 5, 4.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de dezembro de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

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