O Romano Pontífice encerrou o Ano da Fé. Durante este tempo, com a ajuda de Deus, procurámos aumentar esta virtude teologal, raiz da vida cristã, pedindo com insistência ao Senhor: adáuge nobis fidem! [1], aumenta-nos a fé e, com ela, a esperança o amor e a piedade. Agora, passados estes meses de graça, com o impulso recebido, procuremos esforçar-nos por continuar a caminhar dia a dia nesta direção que nos conduz ao Céu. Recorramos à Santíssima Virgem, Mestra de fé e de intimidade com Deus, para que torne eficazes os nossos desejos de fidelidade ao seu Filho e à Igreja.
Os documentos do Magistério da Igreja – recentemente também a Encíclica Lumen fídei – sublinharam duas caraterísticas essenciais que estão na origem da fé tal como o Novo Testamento no-la apresenta. Se, por um lado, S. Paulo afirma que fides ex audítu [2], que a fé procede da escuta da Palavra de Deus lida e acolhida na Igreja, por outro lado, S. João dá-nos a conhecer que Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, é a luz verdadeira que ilumina todo o homem que vem a este mundo [3], outorgando-lhe a capacidade de conhecer os mistérios escondidos em Deus. Luz e palavra, palavra e luz definem, pois, aspetos inseparáveis da fé que professamos. Por isso, é urgenterecuperar o caráter luminoso que é próprio da fé, pois quando a sua chama se apaga, todas as outras luzes acabam por perder o seu vigor [4]. Agradeçamos a Deus de todo o coração, filhas e filhos meus, estes esplendores que o Espírito Santo acende constantemente em nós, servindo-se do magistério da Igreja e da vida dos santos: ocupemo-nos em acolhê-los e em nos deixar guiar pelo Paráclito, na nossa existência quotidiana.
[1]. Lc 17, 5.
[2]. Rm 10,17.
[3]. Jo 1, 9.
[4]. PAPA FRANCISCO, Carta enc. Lumen fídei, 29-VI-2013, n. 4.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de dezembro de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
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