Devemos combater a batalha pela vida, jamais pela morte! O Papa Francisco em apelo durante a Audiência Geral desta manhã, na Praça S. Pedro, diante de mais de 70 mil pessoas.
O Pontífice mencionou duas notícias dos últimos dias: uma na Síria e outra nas Filipinas.
Fui informado com grande dor que dois dias atrás, em Damasco, tiros de morteiro mataram algumas crianças que voltavam da escola e o motorista do autocarro. Outras crianças ficaram feridas. Rezemos para que essas tragédias não aconteçam! Nestes dias, estamos rezando e unindo as forças para ajudar os nossos irmãos e irmãs das Filipinas, atingidos pelo tufão. Essas são as verdadeiras batalhas a combater. Pela Vida! Jamais pela morte!
O Papa chegou à Praça às 9h50, no papamóvel branco. Por cerca de meia-hora, Francisco recebeu e retribuiu o carinho dos fiéis, abençoando a multidão, beijando as crianças e conversando com os inúmeros grupos.
Prosseguindo sua reflexão sobre o Credo, hoje Francisco aprofundou o tema do Batismo, o único Sacramento referido na profissão de fé.
O Batismo, explicou o Pontífice, é a “porta” da fé e da vida cristã. Quando dizemos que “professo um só Batismo para a remissão dos pecados”, afirmamos que este sacramento é, em certo sentido, a carteira de identidade do cristão: um novo nascimento, o ponto de partida de um caminho de conversão, que se estende por toda a vida.
O Papa convidou-nos a refletir: “o Batismo é para mim um facto do passado, ao qual jamais penso, ou uma realidade viva, que diz respeito ao meu presente, em cada momento? O dia do nosso aniversário é o nosso dia à vida; e o dia do nosso Batismo é o dia que nascemos para a Igreja”, disse o Papa, dando a “lição de casa” aos fiéis de se informarem a data em que foram batizados.
Este novo nascimento dá-se através de uma verdadeira imersão espiritual na morte de Cristo –batismo significa imersão –, para que possamos ressuscitar com Ele para uma vida nova.
Assim, o Batismo representa uma poderosa intervenção da misericórdia divina na nossa vida, que nos garante o perdão de todos os pecados: do pecado original e de todos os pecados pessoais. “Todavia, esta intervenção divina não nos exime da responsabilidade de pedir perdão toda vez que erramos!”
A fragilidade da nossa natureza humana permanece, prosseguiu o Papa, por isso é preciso humildemente renovar e consolidar este perdão, por meio do sacramento da Penitência.
Eu não posso me batizar duas, três, quatro vezes, mas posso me confessar; e quando me confesso, renovo a graça do Batismo. É como se fizesse um segundo Batismo. O Senhor Jesus é tão bom que jamais me cansa de perdoar. O Batismo abre-nos a porta à Igreja e quando esta porta se fecha devido às nossas fraquezas, pecados, a Confissão a reabre, porque nos ilumina para prosseguir com a luz do Senhor. Prossigamos com alegria, porque a vida deve ser vivida com a alegria de Jesus Cristo e esta é uma graça do Senhor.
(Fonte: 'new.va' com adaptação)
Vídeo da ocasião em italiano
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