Encíclica «Redemptoris missio», §§ 38-39 (trad.©Libreria Editrice Vaticana)
A época em que vivemos é, ao mesmo tempo, dramática e fascinante. Se, por um lado, parece que os homens vão no encalço da prosperidade material, mergulhando cada vez mais no consumismo materialista, por outro lado, manifesta-se a angustiante procura de sentido, a necessidade de vida interior, o desejo de aprender novas formas e meios de concentração e de oração. Não só nas culturas densas de religiosidade, mas também nas sociedades secularizadas, procura-se a dimensão espiritual da vida como antídoto à desumanização. […] A Igreja tem em Cristo, que se proclamou «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14, 6), um imenso património espiritual para oferecer à humanidade. […]
A Igreja deve ser fiel a Cristo, já que é o seu Corpo e continua a sua missão. É necessário que ela «caminhe pela mesma via de Cristo, via de pobreza, obediência, serviço e imolação própria até à morte, da qual Ele saiu vitorioso pela sua ressurreição» (Vat II, «Ad gentes» 5). A Igreja tem portanto o dever de fazer todo o possível para cumprir a sua missão no mundo e alcançar todos os povos; e tem também o direito, que lhe foi dado por Deus, de levar a termo o seu plano. A liberdade religiosa, por vezes ainda limitada e cerceada, é a premissa e a garantia de todas as liberdades que asseguram o bem comum das pessoas e dos povos. É de se auspiciar que a autêntica liberdade religiosa seja concedida a todos, em qualquer lugar, […] tratando-se de um direito inalienável de toda a pessoa humana.
Por outro lado, a Igreja dirige-se ao homem no pleno respeito da sua liberdade (cf Vat II, «Dignitatis humanae», 3-4; Paulo VI, «Evangelii nuntiandi», 79-80; João Paulo II, «Redemptor hominis», 12); a missão não restringe a liberdade, pelo contrário, favorece-a. A Igreja propõe, não impõe nada; respeita as pessoas e as culturas, detendo-se diante do sacrário da consciência. Aos que se opõem com os mais diversos pretextos à actividade missionária, a Igreja repete: Abri as portas a Cristo!
A Igreja deve ser fiel a Cristo, já que é o seu Corpo e continua a sua missão. É necessário que ela «caminhe pela mesma via de Cristo, via de pobreza, obediência, serviço e imolação própria até à morte, da qual Ele saiu vitorioso pela sua ressurreição» (Vat II, «Ad gentes» 5). A Igreja tem portanto o dever de fazer todo o possível para cumprir a sua missão no mundo e alcançar todos os povos; e tem também o direito, que lhe foi dado por Deus, de levar a termo o seu plano. A liberdade religiosa, por vezes ainda limitada e cerceada, é a premissa e a garantia de todas as liberdades que asseguram o bem comum das pessoas e dos povos. É de se auspiciar que a autêntica liberdade religiosa seja concedida a todos, em qualquer lugar, […] tratando-se de um direito inalienável de toda a pessoa humana.
Por outro lado, a Igreja dirige-se ao homem no pleno respeito da sua liberdade (cf Vat II, «Dignitatis humanae», 3-4; Paulo VI, «Evangelii nuntiandi», 79-80; João Paulo II, «Redemptor hominis», 12); a missão não restringe a liberdade, pelo contrário, favorece-a. A Igreja propõe, não impõe nada; respeita as pessoas e as culturas, detendo-se diante do sacrário da consciência. Aos que se opõem com os mais diversos pretextos à actividade missionária, a Igreja repete: Abri as portas a Cristo!
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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