O arcebispo de Budapeste, cardeal Péter Erdö, esclarece que as perguntas que constam do documento preparatório do Sínodo da Família, a realizar em Outubro de 2014, visam avaliar até que ponto as famílias compreendem os ensinamentos da Igreja neste campo.
As perguntas, prática normal antes de um sínodo, têm sido apelidadas de questionário por alguns órgãos de imprensa, mas o cardeal que foi nomeado relator-geral do sínodo, esclareceu que não se trata de um “referendo” sobre a doutrina da Igreja.
Numa conferência de imprensa convocada para a manhã desta terça-feira, em Roma, Erdö fez-se acompanhar pelo arcebispo Lorenzo Baldisseri, que vai secretariar o sínodo, onde explicou que as respostas às perguntas, que foram enviadas a cada diocese, serão sintetizadas e reflectidas no documento de trabalho do sínodo.
Cada conferência episcopal decidirá como obter as respostas. Os bispos de Inglaterra e País de Gales, por exemplo, colocaram-nas online e convidam quem quiser a responder. Os bispos portugueses deverão decidir as linhas de acção durante este mês.
Um sínodo é uma reunião de bispos e Baldisseri confirmou que apenas bispos terão voto no sínodo da família, mas disse também que haverá pessoas casadas a participar como peritos e observadores, pelo que as famílias também estarão representadas.
Monsenhor Baldisseri explicou ainda que o Papa Francisco quer que este sínodo seja um verdadeiro instrumento de colegialidade com os bispos.
O arcebispo italiano diz ainda que este é um tema muito actual para a Igreja: "É um tema extremamente actual para a fé, para a Igreja. Este documento configura-se com um questionário com muitas questões, há que ler porque toca todos os pontos da família. Primeiro fala da família como a célula da sociedade, o matrimónio composto naturalmente por um homem e uma mulher e que é fundamental para a sociedade e para a Igreja. Depois todos os desafios e as problemáticas que a sociedade apresenta hoje."
Rádio Renascença
Vídeo notícia da ocasião em espanhol
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