Da extensa entrevista do Papa Francisco à Civiltà
Cattolica o que vai chegar ao grande público são as passagens citadas pela imprensa e, em muitos casos, pouco mais que os títulos.
Por isso, muitos leitores vão ficar com uma visão muito distorcida do conteúdo. Os títulos dos jornais são livres, mas também são indicadores de quais as preocupações essenciais de cada órgão, da mensagem que quer transmitir e do que espera da Igreja.
Por isso, muitos leitores vão ficar com uma visão muito distorcida do conteúdo. Os títulos dos jornais são livres, mas também são indicadores de quais as preocupações essenciais de cada órgão, da mensagem que quer transmitir e do que espera da Igreja.
Para alguns, toda a entrevista se resume a uma frase
do Papa:
"Não podemos insistir somente sobre questões
ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e uso dos métodos contraceptivos. (...) Mas quando se fala disto, é necessário falar num contexto."
Só
nesta e noutra pergunta há referências aos homossexuais e ao aborto.
Obviamente é uma frase
significativa, mas para os media alérgicos ao pensamento da Igreja nestas questões, isto é o essencial da
entrevista, conforme se deduz dos títulos.
- O El País espera que a Igreja
desista destes temas e se junte ao jornal:
"O pontífice defende a promoção da mulher na Igreja e que se deixe de batalhar no aborto, no casamento gay e nos anticoncepcionais".
Rendam-se, para vosso bem... - "Não podemos insistir só no aborto e nos gays", resume El Mundo, embora seja um jornal que fala dos gays até à saturação, venha ou não a propósito, e sempre com orgulho.
- O La Repubblica garante
que o Papa "pede afecto para os gays e para as mulheres depois do aborto", sem que fique claro se o afecto inclui a rectificação ou a legitimação da sua conduta.
- E o New York Times
sentencia: "O Papa diz que a Igreja está
obcecada com gays, aborto e controlo da natalidade".
Há que deduzir que só se está obcecado com estes temas quando se está contra, porque quando se está a favor – como é o caso do New York Times – então não se está obcecado, mas comprometido. Basta ver a doutrinação habitual do diário de Nova Iorque sobre o casamento gay.
A Igreja, e o Papa nesta entrevista,
fala também de muitas outras coisas.
Fala de misericórdia, fé, pecado, governo da Igreja,
ajuda aos pobres, liturgia, evangelização, sacerdócio...
A Igreja só é notícia quando fala de alguma coisa relacionada com o sexo, e nessa altura é preciso criticar essa "obsessão".
Fonte: http://www.aceprensa.com/articles/titulares-obsesivos-de-la-entrevista-al-papa/
Sem comentários:
Enviar um comentário