Mas voltemos ao momento da Ascensão, quando Jesus os levou até junto de Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e começou a elevar-se ao Céu [7] O Papa Francisco, numa das suas últimas audiências, refletindo sobre este mistério, perguntava-se: Qual é o significado deste acontecimento? Quais são as suas consequências para a nossa vida? O que significa contemplar Jesus sentado à direita do Pai? [8]
O Senhor, ao subir ao Céu, fê-lo enquanto Cabeça da Igreja: foi preparar-nos um lugar, como tinha prometido [9].«Precede-nos no Reino glorioso do Pai, para que nós, membros do Seu Corpo, vivamos na esperança de estarmos um dia eternamente com Ele» [10]. Contudo, para entrar com Cristo na glória, é preciso seguir os Seus passos. O Papa faz notar que, ao subir a Jerusalém para a Sua última páscoa – em que ia consumar o Sacrifício redentor – Jesus vê já a meta, o Céu, mas sabe bem que o caminho que O leva à glória do Pai passa pela Cruz, através da obediência ao desígnio divino de amor pela humanidade (…). Também nós devemos ver claramente, na nossa vida cristã, que a entrada na glória de Deus exige a fidelidade diária à Sua vontade, mesmo quando requer sacrifício e às vezes exige que mudemos os nossos programas [11]. Não esqueçamos, filhas e filhos, que não há cristianismo sem Cruz, não há verdadeiro amor sem sacrifício, e procuremos ajustar a nossa vida diária a esta alegre realidade, porque significa dar os mesmos passos que o Mestre deu, Ele que é o Caminho, a Verdade e a Vida [12].
Por isso, a grande festa da Ascensão convida-nos a examinar como havemos de concretizar a nossa adesão à Vontade divina: sem adiamentos, sem dependências do nosso eu, com a plena determinação, renovada em cada dia, de a procurar, aceitar e amar com todas as nossas forças. O Senhor não nos oculta que a obediência rendida à vontade de Deus exige renúncia e entrega, porque o amor não pede direitos: quer servir. Ele percorreu primeiro o caminho. Jesus, como obedeceste Tu? Usque ad mortem, mortem autem crucis, até à morte e morte de Cruz. É preciso sair de nós mesmos, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas [13].
A Sagrada Escritura conta que, depois da Ascensão, os Apóstolos regressaram a Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo bendizendo a Deus [14]. Uns dias antes, quando Jesus lhes dizia que iriam perder a Sua presença sensível, tinham ficado tristes [15]. Agora, pelo contrário, mostram-se cheios de alegria. Como se explica esta mudança? Porque, com o olhar da fé, mesmo antes da chegada visível do Espírito Santo, eles compreendem que Jesus, mesmo que tenha sido subtraído ao seu olhar, permanece para sempre com eles, não os abandona e, na glória do Pai, sustenta-os, orienta-os e intercede por eles [16].
O Senhor, ao subir ao Céu, fê-lo enquanto Cabeça da Igreja: foi preparar-nos um lugar, como tinha prometido [9].«Precede-nos no Reino glorioso do Pai, para que nós, membros do Seu Corpo, vivamos na esperança de estarmos um dia eternamente com Ele» [10]. Contudo, para entrar com Cristo na glória, é preciso seguir os Seus passos. O Papa faz notar que, ao subir a Jerusalém para a Sua última páscoa – em que ia consumar o Sacrifício redentor – Jesus vê já a meta, o Céu, mas sabe bem que o caminho que O leva à glória do Pai passa pela Cruz, através da obediência ao desígnio divino de amor pela humanidade (…). Também nós devemos ver claramente, na nossa vida cristã, que a entrada na glória de Deus exige a fidelidade diária à Sua vontade, mesmo quando requer sacrifício e às vezes exige que mudemos os nossos programas [11]. Não esqueçamos, filhas e filhos, que não há cristianismo sem Cruz, não há verdadeiro amor sem sacrifício, e procuremos ajustar a nossa vida diária a esta alegre realidade, porque significa dar os mesmos passos que o Mestre deu, Ele que é o Caminho, a Verdade e a Vida [12].
Por isso, a grande festa da Ascensão convida-nos a examinar como havemos de concretizar a nossa adesão à Vontade divina: sem adiamentos, sem dependências do nosso eu, com a plena determinação, renovada em cada dia, de a procurar, aceitar e amar com todas as nossas forças. O Senhor não nos oculta que a obediência rendida à vontade de Deus exige renúncia e entrega, porque o amor não pede direitos: quer servir. Ele percorreu primeiro o caminho. Jesus, como obedeceste Tu? Usque ad mortem, mortem autem crucis, até à morte e morte de Cruz. É preciso sair de nós mesmos, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas [13].
A Sagrada Escritura conta que, depois da Ascensão, os Apóstolos regressaram a Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo bendizendo a Deus [14]. Uns dias antes, quando Jesus lhes dizia que iriam perder a Sua presença sensível, tinham ficado tristes [15]. Agora, pelo contrário, mostram-se cheios de alegria. Como se explica esta mudança? Porque, com o olhar da fé, mesmo antes da chegada visível do Espírito Santo, eles compreendem que Jesus, mesmo que tenha sido subtraído ao seu olhar, permanece para sempre com eles, não os abandona e, na glória do Pai, sustenta-os, orienta-os e intercede por eles [16].
[7]. Lc 24, 50-51.
[8]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 17-IV-2013.
[9]. Cfr. Jo 14, 2-3.
[10]. Catecismo da Igreja Católica, n. 666.
[11]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 17-IV-2013.
[12]. Jo 14, 6.
[13]. S. Josemaria, Cristo que passa, n. 19.
[14]. Lc 24, 52-53.
[15]. Cfr. Jo 16, 6.
[16]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 17-IV-2013.
[8]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 17-IV-2013.
[9]. Cfr. Jo 14, 2-3.
[10]. Catecismo da Igreja Católica, n. 666.
[11]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 17-IV-2013.
[12]. Jo 14, 6.
[13]. S. Josemaria, Cristo que passa, n. 19.
[14]. Lc 24, 52-53.
[15]. Cfr. Jo 16, 6.
[16]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 17-IV-2013.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de maio de 2013)
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