“que formosos são os pés dos que anunciam boas novas!” (Rom 10, 15)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!
sábado, 24 de novembro de 2012
O protesto dos magos (Editorial)
No início dos anos sessenta do século XX nalguns ambientes exegéticos também católicos começou a reforçar-se uma vaga de cepticismo, ou até de suficiência, em relação às narrações evangélicas canónicas da infância (os primeiros dois capítulos de Mateus e de Lucas). As consequências recaíam principalmente sobre o episódio dos magos, dos quais se chegava a proclamar sem hesitações que nunca tinham existido. Por reacção difundiu-se uma história, referida com argúcia por Raymundo E. Brown no seu vastíssimo estudo The Birth of the Messiah. Nos Estados Unidos um destes "denegridores dos magos" tinha recebido um postal de Natal pintado à mão que representava precisamente estas personagens evangélicas as quais, zangadíssimas, batiam à porta do estudioso que as tinha sumariamente liquidado chamando-lhe por nome e pedindo que os recebesse.
A anedota é emblemática da situação dos evangelhos da infância. Textos fascinantes, muito conhecidos no seu conjunto mas na realidade muito difíceis, constituem um desafio e um encanto para quem os lê e estuda. Assim como encanto e desafio constitui o livro - terceiro e último de uma trilogia única na história do papado - que Bento XVI dedicou expressamente a estas páginas evangélicas, tão escarnas quanto densas de significado, cada uma delas "narração em miniatura, mas substancial, do Evangelho", segundo a definição de Brown. Desde a promessa da primeira parte da obra dedicada a Jesus de Nazaré e publicada em 2007, o Papa tinha anunciado a segunda sobre as narrações da infância, que então esperava incluir no segundo volume e que ao contrário, quando ele foi publicado em 2010, foi adiada para um "pequeno fascículo".
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