Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Um cristão da Europa tem razões para divertir-se? - Pedro Gil

Como é o panorama religioso da Europa? Confuso: há crentes desconfiados da sua Igreja, crentes de novos deuses, descrentes exceto de si mesmos, crentes em Deus sem Igreja, crentes em energias positivas e sucedâneos, e, ainda, crentes que creem no Deus único que encarnou em Cristo, e na sua Igreja.

Surpreendentemente, a religião pouco passa pelos espaços domésticos, mesas dos cafés, prime-time da tv, salas de espera de consultórios, cantinas das fábricas, aulas da universidade.

A religião desertou da vida europeia, entrincheirou-se na consciência individual, e aí... descansa em paz. Nem foi preciso perseguição.

O cristão na Europa tem de começar por admitir que talvez padeça do cansaço da fé: vive como se Deus não existisse, reza-Lhe raramente, confia em Escrituras que nunca leu, professa um Cristo que mal conhece, entedia-se em celebrações que não entende, desistiu de perceber como a fé se harmoniza com a cultura, o pensamento, a ciência e a arte, e divide-se entre o mundo religioso com suas consolações, e o – distante e separado - inebriante mundo da vida.

A Europa espera do cristão o passo decisivo: abrir-se generosamente a Deus e deixar que Ele entre na sua vida. Pontos principais dessa viragem são: expor-se ao toque de Deus na Eucaristia, talvez diária; ler a sério as Escrituras; curar as feridas na Confissão; iniciar-se pouco a pouco na arte da oração; estudar a fé (o Catecismo é um “must”); encontrar um enquadramento comunitário na Igreja; melhorar a relação com família, amigos, vizinhos, colegas; trabalhar profissionalmente bem, como Jesus em Nazaré.

O caminho requer um “coach” ou “personal trainer” – “diretor ou assistente espiritual” – pois auto-aconselhar-se é um contorcionismo árduo.

Quando Deus molda no cristão a grandeza da sua identidade – sobre a fragilidade daquilo que se continua a ser – torna-o capaz de enfrentar, transformar, amar – e, porque não, divertir-se – nas agitações de uma vida moderna que é também ela um minucioso e premeditado dom de Deus.

Pedro GilDiretor do gabinete de imprensa do Opus Dei

Agência Ecclesia AQUI

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