O cardeal patriarca de Lisboa criticou hoje os sacerdotes que têm a audácia de contrariar o pensamento essencial da Igreja Católica, colocando em causa a orientação pastoral dos fiéis.
José Policarpo, que discursava no último dia do 7.º Simpósio Nacional do Clero, em Fátima, disse que "é preocupante saber de sacerdotes que, acerca de aspetos vitais, ousam dizer: 'a Igreja pensa que, mas eu penso de outro modo'".
O cardeal patriarca lamentou, nestes casos, o impacto sobretudo na orientação pastoral dos fiéis a partir de ensinamentos proferidos por sacerdotes que se afastam da verdade da Igreja.
Para o prelado, as "fontes" do sacerdote "têm de ser as da própria Igreja: a Palavra de Deus, o Magistério autêntico, a fidelidade à Tradição".
Convicto de que "a santidade do sacerdote é importante para a fecundidade do seu ministério", José Policarpo lembra a opção pelos conselhos evangélicos na tradição latina: a obediência, a pobreza, como renúncia dos bens materiais e a castidade.
Numa intervenção intitulada "Padre, peregrino da Fé", o cardeal patriarca de Lisboa sublinhou ainda, "a título de exemplo, com tristeza e preocupação, as correntes atuais de reinterpretação do Magistério do Concílio Vaticano II", considerando como "desvios da verdade todas as suas leituras que não sejam motivadas por uma sã hermenêutica".
No encerramento do Simpósio Nacional do Clero, que decorre desde terça-feira no Centro Pastoral Paulo VI, aproveitou para exortar os sacerdotes a serem peregrinos da fé da Igreja e não da mera fé pessoal, assumindo-se ao mesmo tempo como peregrinos da verdade e da caridade.
(Fonte: DN online)
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