Nas catequeses das suas Audiências gerais, nas últimas semanas, Bento XVI tem-se detido a considerar a eficácia da oração. Referindo-se a épocas concretas da vida da Igreja primitiva, narrou a reação dos fiéis perante os ataques e perseguições de que eram objeto. Todos recordamos a prisão de Pedro e de João pelo Sinédrio, conjurando-os a que não pregassem em nome de Jesus [4]. Depois de serem postos em liberdade, os Apóstolos reuniram-se com os primeiros fiéis e contaram-lhes as ameaças recebidas. O Papa sublinha que aquela primeira comunidade cristã não só não se assusta nem se divide, mas está profundamente unida na oração, como uma só pessoa, para invocar o Senhor (…). O que pede a Deus a comunidade cristã no momento de prova? Não pede a incolumidade da vida diante da perseguição, nem que o Senhor castigue aqueles que prenderam Pedro e João. Pede unicamente que lhe seja concedido “proclamar com audácia” a Palavra de Deus (cfr. At 4, 29), ou seja, reza para não perder a valentia da fé, a valentia de anunciar a fé [5]. E conseguem-no rezando com amor o Salmo 2, em que se pré-anunciava o reconhecimento do Messias, apesar dos embates dos seus inimigos.
[4] Cfr. At 4, 1-31.
[5] Bento XVI, Discurso na audiência geral, 18-4-2012.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta de mês de julho de 2012)
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta de mês de julho de 2012)
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