Audiência geral de 12/6/1974
Hoje pensamos num efeito que é próprio do Pentecostes: a animação sobrenatural produzida pela efusão do Espírito Santo no corpo visível, social e humano dos discípulos de Cristo. Esse efeito é a eterna juventude da Igreja. [...] A humanidade que compõe a Igreja está sujeita ao tempo e enterrada na morte; mas isso não suspende nem interrompe o testemunho da Igreja na História no decorrer dos séculos. Jesus anunciou-o e prometeu-o: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos» (Mt 28,20). Isto mesmo tinha dado a entender a Simão ao dar-lhe um novo nome: «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja e as portas do Abismo nada poderão contra ela» (Mt 16,18).
Pode-se de imediato fazer a objecção que fazem tantas pessoas nos dias de hoje: talvez a Igreja seja permanente, pois já dura há vinte séculos; mas é precisamente porque dura já há tanto tempo que é velha. [...] A Igreja, dizem, é venerável devido à sua antiguidade [...], mas não vive desse fôlego actual que é sempre novo: já não é jovem. Esta objecção é forte [...], e seria preciso um longo tratado para lhe responder. Mas, para os espíritos abertos à verdade, bastará talvez dizer que essa perenidade da Igreja é sinónimo de juventude. «É uma coisa admirável aos nossos olhos» (Mt 21,42): a Igreja é jovem.
O mais espantoso é que o segredo da sua juventude é a sua persistência inalterável no tempo. O tempo não faz envelhecer a Igreja; fá-la crescer e estimula a sua vida e a sua plenitude. [...] Claro que todos os seus membros morrem, como mortais que são; mas a Igreja não só tem um princípio invencível de imortalidade, para além da História, com também possui um incalculável poder de renovação.
Pode-se de imediato fazer a objecção que fazem tantas pessoas nos dias de hoje: talvez a Igreja seja permanente, pois já dura há vinte séculos; mas é precisamente porque dura já há tanto tempo que é velha. [...] A Igreja, dizem, é venerável devido à sua antiguidade [...], mas não vive desse fôlego actual que é sempre novo: já não é jovem. Esta objecção é forte [...], e seria preciso um longo tratado para lhe responder. Mas, para os espíritos abertos à verdade, bastará talvez dizer que essa perenidade da Igreja é sinónimo de juventude. «É uma coisa admirável aos nossos olhos» (Mt 21,42): a Igreja é jovem.
O mais espantoso é que o segredo da sua juventude é a sua persistência inalterável no tempo. O tempo não faz envelhecer a Igreja; fá-la crescer e estimula a sua vida e a sua plenitude. [...] Claro que todos os seus membros morrem, como mortais que são; mas a Igreja não só tem um princípio invencível de imortalidade, para além da História, com também possui um incalculável poder de renovação.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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