Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 13 de março de 2012

Bispo de Beja lamenta falta de orações a pedir chuva

«Maioria da população não acredita na providência divina, mas somente na previdência de Bruxelas», escreve D. António Vitalino

O bispo de Beja está descontente com a inexistência de orações pelo fim da seca e sublinha que os agricultores têm mais esperança nos subsídios da União Europeia do que em Deus.

“Noutros tempos já se teriam levantado súplicas ao céu a implorar a graça da chuva”, escreve D. António Vitalino na mais recente nota semanal, enviada hoje à Agência ECCLESIA, acrescentando que “algumas pessoas ainda falam da ajuda de São Pedro, mas parece que com pouca convicção”.

Aparentemente os crentes “não se fazem ouvir e a maioria da população não acredita na providência divina, mas somente na previdência de Bruxelas”, assinala o responsável, que constata a pouca importância dada pelos católicos à Bíblia e à Virgem Maria.

“Afinal as recomendações de Jesus no evangelho e de Nossa Senhora aos pastorinhos de Fátima, pedindo oração e sacrifícios pela conversão dos pecadores e pela paz no mundo não encontram eco nos nossos ouvidos”, assinala.

Depois de referir que “os europeus não querem Deus e muito menos o Deus revelado em Jesus Cristo, nem na Constituição europeia nem nos seus hábitos e comportamentos”, o bispo pergunta: “Tudo dependerá apenas da natureza e do acaso, ou haverá a possibilidade de alguma intervenção divina no percurso da nossa história?”.

Referindo-se à oração do Pai-nosso, onde se pede o pão para cada dia, D. António Vitalino frisa que “não basta repetir as palavras”: “É preciso rezá-las, com frequência e intensamente”.

“Isto não é resignação, mas reforço da capacidade de superação dos obstáculos”, salienta o prelado, que descreve a situação de seca no Alentejo e as dificuldades económicas dos agrários.

“Há muitas semanas que a terra não recebe umas pingas de chuva”, pelo que “os campos e montados estão secos e o gado tem de ser alimentado com rações, o que torna a produção agrícola difícil para a maioria dos agricultores”, destaca.

D. António Vitalino lembra que a ministra da tutela pediu ajuda à União Europeia, “segundo alguns um pouco tarde”, e faz votos para que “a seca não seja tão prolongada e calcinante como em 2005”, apesar de a água do Alqueva já estar disponível em “certas partes do território”.

O Instituto de Meteorologia refere que a 29 de fevereiro todo o território continental estava em situação de seca severa (68%) e extrema (32%), os dois níveis mais elevados de severidade.

No relatório publicado no seu site, o organismo indica que a atual estiagem é “mais intensa” do que a última, ocorrida em 2005, e prognostica “como mais provável um não desagravamento na severidade” da seca.

Na mensagem D. António Vitalino realça que a Quaresma é um “tempo propício” para o diálogo com Deus no “silêncio” do quarto, “sem televisão ou internet”.

RJM

Agência Ecclesia 

Sem comentários: