Evidentemente que os nossos povos têm uma grande reserva, uma reserva cultural e uma reserva espiritual. Uma reserva que podemos ver nalgumas imagens que são em geral de todos os povos da América Latina.
As imagens de Nossa Senhora, a Mãe, a que nos traz Jesus. A que nos dá o calor de família na Igreja, figura da Igreja; e o Cristo Crucificado que às vezes é o Cristo em torno da Cruz como é o Senhor da Paciência, depois de ser açoitado e coroado de espinhos; ou o Senhor deposto, morto, mas são como duas figuras muito dos nossos povos, além de todas as devoções que tem.
Mas a reserva está nessa referência a que Deus veio em carne e sofreu por nós, essas são essas duas imagens. Veio na carne porque o traz a Mãe, que é Mãe de todos nós e morre por nós para nos dar a vida.
Essa referência é uma reserva nos nossos povos que os leva a ir adiante e dá lugar a essas virtudes da solidariedade, da ajuda, da compreensão e todas essas coisas.
Isso ainda não foi destruído, evidentemente que toda esta cultura que se propõe, e que se propõe inclusivamente nos centros de estudos também e que se propõe também como conduta social, está a desgastar, ou tende a desgastar isto.
Mas penso que essa piedade popular, no fundo sentido da palavra, como a denominava Paulo VI na Evangelii Nuntiandi, ou Aparecida no seu documento.
Essa piedade popular tem essa raiz de fé muito grande, ainda é muito forte, e eu confio na fé dos nossos povos e que o Senhor nos dará a graça através destas práticas de piedade e desta obediência a Cristo que morreu por nós, e essa veneração à Mãe, poder salvar-nos desta corrente, desse relativismo que tudo é igual.
(Cardeal Bergoglio em entrevista exclusiva para a Eternal World
Television Network EWTN, vídeo AQUI)
Sem comentários:
Enviar um comentário