Meditações sobre os Evangelhos, n°194
Quando desejarmos seguir Jesus, não nos espantemos se Ele não no-lo permitir de imediato, ou mesmo se não no-lo permitir nunca. [...] Com efeito, a Sua visão tem maior alcance do que a nossa; Ele quer, não só o nosso bem, mas o bem de todos. [...]
É evidente que partilharmos a nossa vida com e como os apóstolos é um bem e uma graça, e devemos tentar sempre aproximar-nos desta imitação da Sua vida. Mas esta é apenas uma graça exterior; ao cumular-nos interiormente de graça, Deus pode tornar-nos muito mais santos sem essa imitação perfeita [...] do que com ela. Ele pode, aumentando em nós a fé, a esperança e a caridade, tornar-nos muito mais perfeitos no mundo, ou numa ordem [religiosa] moderada, do que o seríamos no deserto ou numa ordem austera. [...] Se Deus não permitir que O sigamos, não fiquemos surpreendidos, nem temerosos, nem tristes. Pensemos, antes, que Ele nos trata como tratou o geraseno e que tem motivos muito sábios e muito ocultos para tal. O que devemos fazer é obedecer-Lhe e fazer a Sua vontade. Aliás [...], talvez Jesus tenha permitido que o geraseno se juntasse aos apóstolos alguns meses ou alguns anos mais tarde.
Sempre que nos seja possível, tentemos ter a vida mais perfeita – e, por agora, viver com perfeição a vida que Jesus nos destina, aquela onde Ele nos quer. Vivamo-la como Ele próprio a viveria se essa fosse a vontade de Seu Pai; façamos tudo como Ele o faria, se Seu Pai o colocasse nesta situação. [...] A verdadeira perfeição é fazer a vontade de Deus.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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