Qualquer elevação da voz arrisca-se a ser tomada como autoritarismo
O grande acento que se está a pôr em conseguir a "emancipação" da mulher provocou um fenómeno colateral curioso com que ninguém contava: uma ofuscação do masculino, certa indiferença, quando não desprezo para com os homens/varões e um inevitável afastamento deles para um segundo plano.
Esta situação, embora compreensível ¬– foram muitos séculos de "dominação" masculina – não deve ser ignorada ou subestimada, pois uma crise do homem/varão conduz-nos – tal como a da mulher – a uma crise da sociedade inteira.
Os homens são, como disse Chesterton "uma classe incompreendida no mundo moderno". Ignorados e deslocados, parecem estar a converter-se no novo "sexo fraco", submersos numa profunda crise e em séria depressão da qual não vai ser nada fácil sair.O maio de 68 significou para os homens o início de uma mutação na sua essência que culminou actualmente com a implantação da ideologia de género da neutralidade sexual.
Isto implicou para os homens/varões uma alteração das relações paterno-filiais e das de casal, em que a mais pequena manifestação de masculinidade é interpretada como um intolerável exercício de violência.
Andam confusos quanto ao papel que desempenham.Qualquer elevação da voz arrisca-se a ser tomada como autoritarismo, e qualquer tentativa de impor alguma regra como chefe de família pode valer-lhe o epíteto de tirano ou agressor.
María Calvo Charro
28 de Janeiro de 2012
http://www.almudi.org/Articulos/tabid/475/ID/1003/Desafios-y-perspectivas-de-la-escuela-diferenciada-por-sexos.aspx
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