Orações meditativas, VI, 5-7; SC 324
Se basta que dois ou três estejam reunidos em Teu nome neste mundo para Tu estares no meio deles (Mt 18,20) [...], que dizer desse local onde reuniste todos os santos que selaram a Tua aliança com um sacrifício e que se tornaram como os céus que proclamam a Tua justiça? (Sl 49,5-6).
O Teu discípulo bem-amado não foi o único a encontrar o caminho que vai dar aos céus; não foi só a ele que foi mostrada uma porta aberta no céu (Ap 4,1). Com efeito, Tu próprio declaraste a todos; «Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim estará salvo» (Jo 10,9). Tu és a porta e, conforme acrescentas a seguir, ela abre-se a todos os que querem entrar.
Mas de que nos serve ter uma porta aberta no céu, a nós que estamos na terra, se não tivermos forma de a ela ascender? Responde-nos São Paulo: «que quer dizer este “subiu”, senão que também desceu às regiões inferiores da terra?» (Ef 4,9) E quem foi que subiu e desceu? Foi o Amor. Com efeito, Senhor é o amor do nosso coração que ascende até Ti, porque foi o Teu amor que desceu até nós. Porque nos amaste, desceste até nós; amando-Te, nós podemos ascender até Ti. A Ti que disseste «Eu sou a porta», peço-Te que Te abras diante de nós! Veremos então com maior clareza de que morada és a porta, e quando e a quem a abres.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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