A tradição cristã, desde as suas origens, reconheceu a paternidade de São Paulo sobre catorze das vinte e uma Epístolas que inclui o Novo Testamento. Assim, pois, quanto ao número de escritos, Paulo é o hagiógrafo neotestamentário mais prolixo; embora São João com três géneros de escritos (Evangelho, Apocalipse e três Epístolas) seja mais variado, e São Lucas, só com o Evangelho e o livro dos Actos dos Apóstolos seja aquele que escreveu maior número de páginas.
Na antiguidade greco-romana existiam dois géneros epistolares: as cartas familiares, comerciais, políticas, etc., e as epístolas propriamente ditas, espécie de tratados ou ensaios sobre um certo tema, dedicados a alguma personalidade, amigo ou familiar. Os escritos de São Paulo participam de ambos os géneros: são curtos enquanto mantêm um tom familiar, com as saudações, despedidas, recomendações, etc.; e epístolas enquanto contêm ensinamentos doutrinais mais ou menos desenvolvidos. Em qualquer dos casos são escritos inspirados, fonte de Revelação cristã, de valor permanente, ainda que com frequência tratem de questões que surgiram em circunstâncias concretas das incipientes Igrejas.
A ordem em que costumam ser editadas nas nossas Bíblias as Epístolas de São Paulo é artificial. Agrupam-se, em primeiro lugar, as dirigidas às diversas comunidades; depois as enviadas a pessoas particulares. A ordem dentro desta agrupação atém-se à extensão delas e à frequência do seu uso na literatura cristã, à excepção da Epístola aos Hebreus, que costuma colocar-se como a última de todas*. Não seguem, portanto, uma ordem cronológica, que é, porém, a que vamos seguir aqui na breve descrição das Epístolas paulinas, pois essa ordem facilitar-nos-á a compreensão do desenvolvimento doutrinal que o Apóstolo vai expondo.
Na antiguidade greco-romana existiam dois géneros epistolares: as cartas familiares, comerciais, políticas, etc., e as epístolas propriamente ditas, espécie de tratados ou ensaios sobre um certo tema, dedicados a alguma personalidade, amigo ou familiar. Os escritos de São Paulo participam de ambos os géneros: são curtos enquanto mantêm um tom familiar, com as saudações, despedidas, recomendações, etc.; e epístolas enquanto contêm ensinamentos doutrinais mais ou menos desenvolvidos. Em qualquer dos casos são escritos inspirados, fonte de Revelação cristã, de valor permanente, ainda que com frequência tratem de questões que surgiram em circunstâncias concretas das incipientes Igrejas.
A ordem em que costumam ser editadas nas nossas Bíblias as Epístolas de São Paulo é artificial. Agrupam-se, em primeiro lugar, as dirigidas às diversas comunidades; depois as enviadas a pessoas particulares. A ordem dentro desta agrupação atém-se à extensão delas e à frequência do seu uso na literatura cristã, à excepção da Epístola aos Hebreus, que costuma colocar-se como a última de todas*. Não seguem, portanto, uma ordem cronológica, que é, porém, a que vamos seguir aqui na breve descrição das Epístolas paulinas, pois essa ordem facilitar-nos-á a compreensão do desenvolvimento doutrinal que o Apóstolo vai expondo.
* a autoria de São Paulo da Epístola aos Hebreus não é consensual, e disso mesmo nos dão conta os teólogos da Universidade de Navarra na introdução à referida epístola (vide Volume III – pág. 280-281) JPR
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 435-436)
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