Centenas de milhares de peregrinos enchem completamente a Praça de S. Pedro e ruas adjacentes na manhã deste Domingo para participarem na cerimonia de beatificação de João Paulo II. Uma celebração, com inicio ás 10h00, hora de Roma, que vai ser acompanhada, por 1300 jornalistas televisivos, 230 fotógrafos e mais de 700 de outros meios.
Para além dos peregrinos, o Vaticano espera 87 delegações oficiais, incluindo 16 chefes de Estado, como a Itália, Polónia e o Zimbabwe, com o presidente Robert Mugabe.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, vai representar o executivo português acompanhado pelo embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Manuel Tomás Fernandes Pereira.
Também marcam presença, em representação da União Europeia, Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu; Jerzy Buzek, presidente do Parlamento Europeu, e o português Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia.
Do mundo lusófono chegam ainda os vice-presidentes de Angola e do Brasil, respectivamente Fernando da Piedade Dias dos Santos e Michel Temer, para além do presidente do Parlamento de Timor-Leste, Fernando de Araújo.
O anúncio do nome de João Paulo II como novo beato vai acontecer pouco depois do início da missa, presidida pelo Papa Bento XVI, numa cerimónia que inclui a apresentação do pedido formal de beatificação pelo cardeal Agostino Vallini, vigário-geral do Papa para a diocese de Roma.
Segue-se a leitura da biografia de João Paulo II e a fórmula recitada por Bento XVI, na qual se faz o anúncio da data da festa litúrgica.
O Vaticano escolheu o dia 22 de Outubro para a celebração da memória litúrgica do futuro beato, data da missa de início do pontificado de Karol Wojtyla, e vai permitir que, no primeiro ano após a beatificação, seja possível celebrar uma “missa de agradecimento a Deus” em locais e dias “significativos”, por decisão de cada bispo diocesano.
O Vaticano escolheu o dia 22 de Outubro para a celebração da memória litúrgica do futuro beato, data da missa de início do pontificado de Karol Wojtyla, e vai permitir que, no primeiro ano após a beatificação, seja possível celebrar uma “missa de agradecimento a Deus” em locais e dias “significativos”, por decisão de cada bispo diocesano.
O rito, que se desenvolve rapidamente, prossegue com a colocação das relíquias – uma ampola com sangue de João Paulo II – junto ao altar, transportadas por duas religiosas, a irmã Tobiana, assistente pessoal do papa polaco, e a irmã Marie Simon-Pierre, cuja cura da doença de Parkinson, considerada miraculosa, encerrou o processo de beatificação.
O relicário em que essa ampola vai ser transportada tem a forma de ramos de oliveira e foi feito de propósito, para a ocasião, pelo Departamento de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, no Vaticano.
Na mesma altura vai ser descerrada uma imagem do novo beato, em tapeçaria, reproduzindo uma foto de 1995, colocada sobre o balcão central da basílica de São Pedro.
Depois da proclamação do novo beato, o cardeal Vallini agradece a Bento XVI, novamente em latim, e juntamente com o postulador vai saudar o papa, terminando assim este momento.
Apenas no final da Missa volta a haver um momento específico da beatificação, quando o papa e os cardeais se deslocarem para dentro da basílica a fim de cumprirem o que é descrito como um “acto de veneração” diante da urna de João Paulo II, colocada em frente ao altar principal.
Este gesto será repetido pelos bispos e as autoridades presentes que assim o desejarem, estando depois a basílica aberta aos participantes na cerimónia.
Como curiosidade, o Vaticano revelou que o único não cardeal a celebrar a Missa com Bento XVI será o bispo Mieczyslaw Mokrzycki, segundo secretário particular do novo beato entre 1995 e 2005.
O cálice da Missa será o que foi usado habitualmente por João Paulo II nos últimos anos de pontificado, tal como as vestes litúrgicas que vão ser utilizadas pelo seu sucessor.
A sepultura dos restos mortais de João Paulo II no andar principal da basílica vai ser feita de forma privada, nesta segunda feira 2 de Maio, na capela de São Sebastião, localizada na nave da basílica do Vaticano, junto da famosa 'Pietà' de Miguel Ângelo.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
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