«Osservatore Romano» faz eco das tomadas de posição da comunidade internacional que pedem o fim do regime de Muammar Kadhafi
O jornal do Vaticano, «L’Osservatore Romano», fala na sua edição em italiano de hoje em «massacre» na Líbica, como consequência da repressão violenta dos protestos contra o regime de Muammar Kadhafi.
Num artigo que domina a primeira página, intitulado «O mundo pede Kadhafi que pare» (Il mondo chiede a Gheddafi di fermarsi), o quotidiano diz que “está a assumir dimensões assustadoras o massacre em curso na Líbia”.
Nesse contexto, refere-se a uma “fúria” desencadeada pelo regime “contra a revolta”, bombardeando os manifestantes em Tripoli, capital líbia.
O jornal recorda o discurso público de Kadhafi, no qual o ditador líbio “ameaçou com uma repressão bem pior”.
A Rádio Vaticano acrescenta a estas informações os dados avançados por Sayed al Shanuka, membro líbio do Tribunal Penal Internacional, segundo o qual os confrontos entre os opositores ao regime e os seus apoiantes e forças de segurança já terão feito, pelo menos, 10 mil mortos e 50 mil feridos.
Em declarações à televisão Al Arabiya, o presidente da Comissão de Justiça e Democracia do tribunal também referiu que "desde que Khadafi chegou ao poder assassinou milhares de pessoas e também milhares de presos".
Para a emissora radiofónica do Vaticano, estes números mostrariam que “o coronel usou punho duro desde o início dos protestos”, a 15 de Fevereiro, citando informações que aludem à existência de “fossas comuns com centenas de corpos”.
As condenações de responsáveis da comunidade internacional encontram eco nos órgãos de comunicação social do Vaticano, particularmente as recentes intervenções de Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, e de Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América.
Obama disse que a situação de violência e violação dos direitos humanos que se vive na Líbia é “escandalosa e inaceitável”.
Moon, por seu lado, afirmou em tom de advertência que “os responsáveis pelo brutal derramamento de sangue de inocentes devem ser punidos".
Na sequência dos confrontos, a agência da União Europeia para a vigilância de fronteiras, Frontex, acredita que podem chegar aos países comunitários entre 500 mil a 1,5 milhões de pessoas originárias da Líbia e do norte de África.
Esta manhã, Bento XVI e os responsáveis pela diplomacia do Vaticano afirmaram que é “urgente” resolver os conflitos abertos “nalguns países árabes”.
OC
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Nota de JPR: a edição de amanhã dia 25 trará um artigo sobre a situação intitulado 'Sem piedade'.
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