“É preciso não cessar jamais de procurar os caminhos da paz. Esta é um dos bens mais preciosos. Para alcançá-la, é necessário ter a coragem da reconciliação que nasce do perdão, da vontade de recomeçar a vida comunitária, da visão solidária do futuro, da perseverança para superar as dificuldades”, disse o Papa, numa breve cerimónia que decorreu na basílica da Imaculada Conceição.
Ainda em português, Bento XVI assinalou que “os homens, reconciliados e em paz com Deus e o próximo, podem trabalhar por uma justiça maior no seio da sociedade”.
“É preciso não esquecer que a justiça primeira é, segundo o Evangelho, cumprir a vontade de Deus. Desta opção de base, derivam inúmeras iniciativas que visam promover a justiça na África e o bem de todos os habitantes do continente, principalmente dos mais carenciados que precisam de emprego, escolas e hospitais”, precisou.
No Benim, país francófono da África ocidental, o Papa recordou “as tensões, as violências, as guerras, as injustiças, os abusos de toda a espécie, velhos e novos, que caracterizaram este ano”.
Apelando ao diálogo, Bento XVI disse que a Igreja está “aberta à colaboração com todas os que compõem a sociedade, particularmente com os representantes das Igrejas e Comunidades eclesiais que ainda não estão em plena comunhão com a Igreja Católica, e também com os representantes das religiões não cristãs, sobretudo os das Religiões Tradicionais e do Islão”.
O Papa passou em revista o processo da II Assembleia Especial para África do Sínodo dos Bispos, que decorreu no Vaticano, em outubro de 2009 e a visita realizada aos Camarões e Angola, em março desse ano, como sinal de “interesse” e “solicitude”.
“Agora tenho a alegria de voltar a África, mais concretamente ao Benim, para entregar este documento final dos trabalhos, no qual se recolhem as reflexões dos Padres sinodais apresentadas numa visão sintética como parte duma ampla visão pastoral”, explicou.
O secretário geral do Sínodo dos Bispos, D. Nikola Eterović, lembrou, por sua vez, que o evento de 2009 “viu envolvidos, não somente os 244 padres sinodais, mas toda a Igreja que peregrina neste grande continente africano”, saudando o final de um “longo processo sinodal (2004-2011)”, com a assinatura da exortação apostólica pós-sinodal.
O documento vai ser entregue aos bispos africanos no próximo domingo, em Cotonou, no final da missa a que o Papa preside no Estádio da Amizade.
Rádio Vaticano
Sem comentários:
Enviar um comentário