Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 20 de novembro de 2011

O Papa na homilia da Missa em Cotonou “O amor de Cristo impulsiona-nos a responder ao grito dos pobres e dos débeis”

Neste domingo, ultima dia da sua visita ao Benim Bento XVI preside à missa no ‘Estádio da Amizade’, de Cotonou, celebração na qual vai decorrer a entrega da exortação apostólica pós-sinodal “Africae munus” aos bispos da África, pouco antes do final da cerimónia.


Dentro do estádio encontram-se cerca de 30 mil pessoas; no espaço externo onde foram colocados ecrãs gigantes assistem á celebração cerca de 80 mil pessoas


Presentes 180 bispos, entre os quais 40 presidentes de conferencias episcopais africanas e 1.500 padres


Na homilia, Bento XVI comentou naturalmente o evangelho deste domingo de Cristo Rei - o “juízo final” com Jesus que se identifica com todos os carecidos e sofredores acudidos com respeito e amor. Bento XVI observou que não se trata de “uma mera fórmula literária, nem uma simples imagem”. “Toda a vida de Jesus é uma ilustração disso mesmo. Ele, o Filho de Deus, tornou-Se homem, partilhou a nossa vida mesmo nos detalhes mais concretos, fazendo-Se servo do mais pequenino dos seus irmãos. Ele que não tinha onde repousar a cabeça, seria condenado a morrer numa cruz. Este é o Rei que celebramos!”


Isto pode parecer-nos desconcertante, habituados como estamos a ver os sinais da realeza no sucesso, na força, no dinheiro ou no poder…


“E todavia – como ensinam as Escrituras – é assim que se manifesta a glória de Cristo; é na humildade da sua vida terrena que Ele encontra o poder de julgar o mundo. Para Ele, reinar é servir! E aquilo que nos pede é segui-Lo por este caminho: servir, estar atento ao clamor do pobre, do fraco, do marginalizado.”


«Vinde, benditos de meu Pai, recebei como herança o Reino, que vos está preparado desde a criação do mundo». O Papa convidou a acolher “com um coração livre e repleto do amor do Senhor” esta “palavra de bênção que o Filho do Homem, no dia do Juízo, há-de dirigir aos homens e mulheres que tiverem reconhecido a sua presença nos mais humildes dos seus irmãos”. Esta passagem do Evangelho – observou Bento XVI – “é verdadeiramente uma palavra de esperança, porque o Rei do universo Se fez solidário connosco, servo dos mais pequeninos e dos mais humildes”. Daqui uma palavra de proximidade e amizade a todos os que sofrem:


“Daqui queria fazer chegar uma palavra amiga a todas as pessoas que sofrem, aos doentes, a quantos estão infectados pela sida ou por outras doenças, a todos os esquecidos da sociedade: Tende coragem! O Papa pensa em vós e recorda-vos na oração. Tende coragem! Jesus quis identificar-Se com os pequeninos, com os doentes; quis partilhar o vosso sofrimento e, em vós, reconhecer irmãos e irmãs para os libertar de todo o mal, de todo o sofrimento! Cada doente, cada pobre merece o nosso respeito e o nosso amor, porque, através dele, Deus indica-nos o caminho para o céu.”


Bento XVI convidou os fiéis do Benim a dar graças a Deus pelos 150 anos da evangelização do país, recordando também o cardeal Bernardin Gantin, “exemplo de fé e de sabedoria para o Benim e para todo o continente africano”. Daqui um encorajamento à evangelização daqueles que ainda não encontram o Senhor ressuscitado. “A Igreja existe para anunciar esta Boa Nova. E este dever permanece urgente” – sublinhou o Papa, exortando os beninenses a “sentir esta ânsia pela evangelização, no país, no meio dos povos do continente africano e do mundo inteiro”. Para tanto, há que “reforçar a fé em Jesus Cristo, com uma autêntica conversão à sua pessoa”. “Só Ele dá a vida verdadeira, e pode libertar-nos de todos os nossos medos e entorpecimentos, de todas as nossas angústias”.


“Neste dia de festa, compartilhamos a nossa alegria pelo domínio de Cristo Rei sobre toda a terra... Cristo reina a partir da Cruz e, com os seus braços abertos, abraça todos os povos da terra, atraindo-os para a unidade. Pela Cruz, abate os muros da divisão, reconcilia-nos uns com os outros e com o Pai. Hoje rezamos pelos povos da África, para que todos sejam capazes de viver na justiça, na paz e na alegria do Reino de Deus”.


Pronunciando estas palavras em inglês, Bento XVI saudou com afeto os fiéis anglófonos vindos nomeadamente do Gana, da Nigéria e de outros países limítrofes.


Foi em português que Bento XVI concluiu a sua homilia, saudando todos os pastores e fiéis da África lusófona:


“Queridos irmãos e irmãs da África lusófona que me ouvis, a todos dirijo a minha saudação e convido a renovar a vossa decisão de pertencer a Cristo e de servir o seu Reino de reconciliação, de justiça e de paz. O seu Reino pode ser posto em perigo no nosso coração. Aqui Deus cruza-se com a nossa liberdade. Nós – e só nós – podemos impedi-Lo de reinar sobre nós mesmos e, em consequência, tornar difícil a sua realeza sobre a família, a sociedade e a história. Por causa de Cristo, tantos homens e mulheres se opuseram, vitoriosamente, às tentações do mundo para viver fielmente a sua fé, às vezes mesmo até ao martírio. A seu exemplo, amados pastores e fiéis, sede sal e luz de Cristo na terra africana! Amen.”


Rádio Vaticano

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