Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Premio Nobel de Literatura: Aborto do meu segundo filho é uma cicatriz eterna no meu coração

O escritor chinês Mo Yan, recentemente galardoado com o Prémio Nobel de Literatura, é um acérrimo crítico da política do filho único no seu país da qual também foi vítima. Arrependido por ter permitido que sua esposa abortasse na sua segunda gravidez, confessou, faz um tempo, que "isto converteu-se numa cicatriz eterna no mais profundo do meu coração".

LifeNews recorda uma entrevista que o escritor da China concedeu em 2010 à rede de televisão de Hong Kong, Phoenix TV. Naquela ocasião, Mo Yan disse que "pessoalmente acredito que a política do filho único é uma política errada. Se não existisse, eu teria tido dois ou três filhos".

Mo Yan recorda que quando era membro do exército foi promovido ao cargo de oficial e conta o caso de outro que perdeu seu cargo por ter tido um segundo filho: "tinha que receber o mesmo castigo, assim escolhi não ter outro filho".

"Se não tivesse sido pela minha ambição egoísta, teria deixado a minha esposa ter um segundo e inclusive um terceiro bebé. Usei um argumento muito racional para convencê-la de que precisávamos abortar o bebé: tínhamos que seguir a política do partido e a política da nação".

Mo Yan confessava arrependido do aborto do seu segundo filho que "isto converteu-se em uma cicatriz eterna no mais profundo do meu coração… converteu-se numa enorme sombra no meu coração".

Chai Ling da organização pró-vida All Girls Allowed (Todas as meninas permitidas) assinalou que "espero que a postura crítica de Mo Yan à política do filho único ajude a outros a ver seu rol no homicídio por género. É o desafio maior das meninas na China. Todos os dias a política continua e outras 3 mil meninas são eliminadas nos abortos seletivos, com o infanticídio ou o abandono".

Guan Moye tem 57 anos de idade e é o nome verdadeiro de Mo Yan. Este pseudónimo significa "não fale". Sobre a obtenção do Nobel disse que "ganhar não representa nada" e que continuará "centrado na criação de novas obras".

Chai Ling disse também que "Mo Yan afirmou que a política do filho único deixou uma sombra no seu coração, deveria deixá-la no coração de todos no Dia Internacional das Meninas" que foi celebrado no passado dia 11 de outubro.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

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