Sermão 37,1; SC 243
Há muitas coisas que não conseguimos realizar fisicamente, por causa da fraqueza humana; mas podemos, com a inspiração de Deus, encontrar o amor no nosso coração, se o desejarmos verdadeiramente. Às vezes, há muitas coisas que não conseguimos tirar do sótão, da adega ou da despensa, mas não temos nenhuma desculpa quando se trata do coração. [...]
Não nos dizem: «Ide para o Oriente e procurai o amor; navegai para Ocidente e encontrareis o amor.» Não, ordenam-nos que entremos no interior do nosso coração, de onde a cólera nos faz sair com tanta frequência. Como diz o profeta: «Pecadores, lembrai-vos disto e meditai» (Isaías 46,8). Não é em países distantes que encontramos o que o Senhor nos pede; Ele envia-nos para dentro de nós mesmos, para o nosso coração, porque colocou em nós o que nos pede. O amor perfeito não é senão a boa vontade da alma; foi acerca dele que os anjos proclamaram aos pastores: «Paz na terra aos homens de boa vontade» (Lc 2,14 Vulg). [...]
Portanto, trabalhemos com todas as nossas forças, com a ajuda de Deus, para dar o primeiro lugar na nossa alma à bondade e não ao mal, à paciência e não à cólera, à benevolência e não à inveja, à humildade e não ao orgulho. Em suma, que a delicadeza do amor tome de tal modo posse do nosso coração, que não haja nele nenhum espaço para a amargura do rancor.
Não nos dizem: «Ide para o Oriente e procurai o amor; navegai para Ocidente e encontrareis o amor.» Não, ordenam-nos que entremos no interior do nosso coração, de onde a cólera nos faz sair com tanta frequência. Como diz o profeta: «Pecadores, lembrai-vos disto e meditai» (Isaías 46,8). Não é em países distantes que encontramos o que o Senhor nos pede; Ele envia-nos para dentro de nós mesmos, para o nosso coração, porque colocou em nós o que nos pede. O amor perfeito não é senão a boa vontade da alma; foi acerca dele que os anjos proclamaram aos pastores: «Paz na terra aos homens de boa vontade» (Lc 2,14 Vulg). [...]
Portanto, trabalhemos com todas as nossas forças, com a ajuda de Deus, para dar o primeiro lugar na nossa alma à bondade e não ao mal, à paciência e não à cólera, à benevolência e não à inveja, à humildade e não ao orgulho. Em suma, que a delicadeza do amor tome de tal modo posse do nosso coração, que não haja nele nenhum espaço para a amargura do rancor.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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