Encíclica «Dives in Misericordia» § 15 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana (rev.)
A Igreja tem o direito e o dever de apelar «com grande clamor» para o Deus da misericórdia (Heb 5,7). Este «grande clamor» há-de caracterizar a Igreja do nosso tempo [...], um clamor a suplicar a misericórdia segundo as necessidades do homem no mundo contemporâneo. [...] Deus é fiel a Si próprio, à Sua paternidade e ao Seu amor! Como os Profetas, apelamos para este amor que tem características maternais e que, à semelhança da mãe, vai acompanhando cada um dos Seus filhos, cada ovelha desgarrada – ainda que houvesse milhões de extraviados, ainda que no mundo a iniquidade prevalecesse sobre a honestidade e ainda que a humanidade contemporânea merecesse pelos seus pecados um novo dilúvio, como outrora sucedeu com a geração de Noé.
Recorramos, pois, a tal amor, que permanece amor paterno, como nos foi revelado por Cristo na Sua missão messiânica, e que atingiu o ponto culminante na Sua Cruz, morte e ressurreição! Recorramos a Deus por meio de Cristo, lembrados das palavras do Magnificat de Maria, que proclamam a Sua misericórdia «de geração em geração» (Lc 1,50). Imploremos a misericórdia divina para a geração contemporânea [...]: elevemos as nossas súplicas, guiados pela fé, pela esperança e pela caridade que Cristo implantou no nosso coração.
Esta atitude é, ao mesmo tempo, amor para com este Deus que o homem contemporâneo por vezes afastou tanto de si que O considera um estranho e de várias maneiras O proclama supérfluo. É amor para com este Deus, em relação ao Qual sentimos profundamente quanto o homem contemporâneo O ofende e O rejeita. E por isso estamos prontos para clamar com Cristo na cruz: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,24). Tal atitude é também amor para com os homens, para com todos os homens, sem excepção e sem qualquer discriminação: sem diferenças de raça, de cultura, de língua, de concepção do mundo, e sem distinção entre amigos e inimigos.
Recorramos, pois, a tal amor, que permanece amor paterno, como nos foi revelado por Cristo na Sua missão messiânica, e que atingiu o ponto culminante na Sua Cruz, morte e ressurreição! Recorramos a Deus por meio de Cristo, lembrados das palavras do Magnificat de Maria, que proclamam a Sua misericórdia «de geração em geração» (Lc 1,50). Imploremos a misericórdia divina para a geração contemporânea [...]: elevemos as nossas súplicas, guiados pela fé, pela esperança e pela caridade que Cristo implantou no nosso coração.
Esta atitude é, ao mesmo tempo, amor para com este Deus que o homem contemporâneo por vezes afastou tanto de si que O considera um estranho e de várias maneiras O proclama supérfluo. É amor para com este Deus, em relação ao Qual sentimos profundamente quanto o homem contemporâneo O ofende e O rejeita. E por isso estamos prontos para clamar com Cristo na cruz: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,24). Tal atitude é também amor para com os homens, para com todos os homens, sem excepção e sem qualquer discriminação: sem diferenças de raça, de cultura, de língua, de concepção do mundo, e sem distinção entre amigos e inimigos.
Fonte: Evangelho Quotidiano)
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