Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 8 de outubro de 2011

Cardeal Mauro Piacenza: “não existe, nem poderia existir, uma Igreja pré-conciliar e uma pós-Conciliar”

Cardeal Mauro Piacenza

Palavras do Cardeal Mauro Piacenza, prefeito da Congregação para o Clero, aos seminaristas da Arquidiocese de Los Angeles, em 4 de outubro de 2011:

É algo adquirido pela experiência eclesial, que as vocações nascem, florescem, se desenvolvem e chegam ao amadurecimento somente onde se reconhece claramente o primado de Deus. Qualquer outra motivação, que também pode acompanhar o início da percepção de um chamado ao sacerdócio, conflui no movimento de total doação ao Senhor e no reconhecimento de seu primado em nossa vida, na vida da Igreja e na do mundo.

Primado de Deus significa primado da oração, da intimidade divina; primado da vida espiritual e sacramental. A Igreja não tem necessidade de gestores, mas de homens de Deus! Não tem necessidade de sociólogos, psicólogos, antropólogos, cientistas políticos — e todas as demais atuais que conhecemos e podemos imaginar.

A Igreja tem necessidade de homens crentes, e, portanto, críveis, de homens que, acolhido o chamado do Senhor, sejam seus motivados testemunhos no mundo!

Primado de Deus significa primado da vida sacramental, vivida hoje e oferecida, a seu tempo, a todos os nossos irmãos! Muitas coisas podem encontrar os homens nos outros; no Sacerdote, no entanto, buscam o que somente ele pode dar: a Divina Misericórdia, o Pão da vida eterna, um novo horizonte de significado que torne mais humana a vida presente e possível a eterna!

[...]

A formação intelectual deve tender a transmitir os conteúdos certos da Fé, argumentado razoavelmente em seus fundamentos escriturísticos, da grande Tradição eclesial e do Magistério, e fazer-se acompanhar pelos exemplos de vida de sacerdotes santos. Não deveis vos desnortear nos meandros das diversas opiniões teológicas que não dão certeza e colocam a Verdade revelada em pé de igualdade com qualquer outro “pensamento humano”. O indivíduo se forma nas certezas e tratando de ter na própria bagagem uma visão de síntese com o entusiasmo da missão.

[...]

Sereis vós, provavelmente, a primeira geração que interpretará corretamente o Concílio Vaticano II, não segundo o “espírito” do Concílio, que tanta desorientação trouxe para a Igreja, mas segundo o que realmente o Acontecimento Conciliar disse, em seus textos, à Igreja e ao mundo.

Não existe um Concílio Vaticano II diferente daquele que produziu os textos que hoje estão à nossa disposição! E nestes textos nós encontramos a vontade de Deus para a sua Igreja e com eles é necessário se confrontar, acompanhados por dois mil anos de Tradição e de vida cristã.

A renovação é sempre necessária à Igreja, porque sempre necessária é a conversão de seus membros, pobres pecadores! Mas não existe, nem poderia existir, uma Igreja pré-conciliar e uma pós-Conciliar! Se assim fosse, a segunda — a nossa — seria histórica e teologicamente ilegítima!

Existe uma única Igreja de Cristo, da qual vós sois parte, que vai desde Nosso Senhor até os Apóstolos, desde a Bem-aventurada Virgem Maria até os Padres e Doutores da Igreja, desde a Idade Média até o Renascimento, desde o Românico até o Gótico, o Barroco, e assim sucessivamente até nossos dias, ininterruptamente, sem qualquer lacuna de continuidade, nunca!

(Fonte: ‘Fratres in Unum’)

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