Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O vinho da festa (Editorial)

Os meios de comunicação italianos, nas notícias sobre a visita de Bento XVI a Ancona detiveram-se na preocupação do Papa, que é bispo de Roma e primaz da Itália, pela falta e precariedade do trabalho. Uma escolha informativa compreensível sobretudo neste tempo de crise e que ressaltou a proximidade do Pontífice - expressa também nos momentos do encontro com alguns representantes dos trabalhadores e de quem vive com mais dificuldade - e a participação na visita papal de representantes da vida pública presentes significativamente sem distinção de pertença política.

Mas a viagem de Bento XVI e os seus discursos têm um alcance mais amplo. Como sempre, o Papa - que concluiu o vigésimo quinto congresso eucarístico nacional italiano - foi à raiz das questões. E exortou a reflectir sobre as consequências históricas das tentativas de ordenar as sociedades por parte de ideologias que "apostaram em organizar a sociedade com a força do poder e da economia" pondo Deus de lado, porque o resultado foram "pedras no lugar de pão".

É portanto a primazia de Deus que se deve restabelecer, porque o homem precisa do pão para viver. Do pão de cada dia, sem dúvida, mas sobretudo daquele verdadeiro, que é o próprio Cristo. Eis, portanto, a centralidade da Eucaristia e das suas consequências que, parafraseando um célebre título de Jean Daniélou, se poderiam definir políticas. Do sacramento que está no coração da fé cristã nascem de facto - disse o Papa - uma nova tomada de responsabilidade comunitária e "um desenvolvimento social positivo, que tem no centro a pessoa, sobretudo se é pobre, doente ou com dificuldades".

Com a meditação sobre o pão Bento XVI pôs em paralelo, no encontro com os namorados - não habitual, precisamente como o outro, que reuniu juntos na catedral casais de esposos e sacerdotes - a meditação sobre o segundo sinal eucarístico, o vinho. Em particular, sobre o da festa que faltou durante o banquete das bodas de Caná, onde Jesus era hóspede com sua mãe. Também hoje falta este vinho, mas também hoje, como naquele dia, Cristo o quer servir a cada um. Na amizade que oferece a cada ser humano. 

GIOVANNI MARIA VIAN - Director

(© L'Osservatore Romano - 17 de Setembro de 2011)

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