Embora cerca de 400 padres tenham já
aderido a um apelo à desobediência aberta à autoridade da Igreja, o Cardeal de
Viena, Christoph Schönborn, não vê a situação como uma crise relevante,
informou um porta-voz.
“A situação não é tão
dramática como os media austríacos fazem parecer”, Michael Pruller, o porta-voz
da arquidiocese, disse à Catholic News
Service. Afirmou que o Cardeal Schönborn espera convencer os padres
dissidentes a cooperar no crescimento da Igreja austríaca.
Em julho, o Cardeal Schönborn disse
estar chocado pela oposição aberta expressa pela iniciativa de padres, que
encorajava os pastores a desafiar as normas da Igreja em assuntos que variam
desde o homossexualismo e o sacerdócio feminino até a recepção da Comunhão por
católicos divorciados e recasados. Mas –
ao contrário de diversas notícias – o Cardeal não ameaçou tomar ações
disciplinares contra os padres dissidentes. “Não há discussão sobre sanções,
nenhum ultimato, nenhuma conversa sobre punições”, disse Pruller.
A arquidiocese não
está a verificar se os padres de Viena levaram a cabo suas promessas de ignorar
a lei da Igreja, acrescentou Pruller. “Não enviamos espiões a todas as
paróquias para ter certeza de que todas as regras são seguidas”, disse.
O Cardeal Schönborn encontrou-se,
em agosto, com quatro padres da arquidiocese de Viena, que são líderes ativos
na Iniciativa de Padres, e pretende conversar com eles novamente no futuro, em
data não especificada. Ele não se encontrou com a liderança nacional do grupo.
O seu porta-voz disse que um diálogo mais amplo com o grupo deve ser conduzido
pela conferência episcopaal austríaca.
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