«A política está degradada, falta a qualidade»
O Cardeal Angelo Bagnasco, Presidente da CEI é claro: «São tais os fenómenos de degradação política a que assistimos e que revelam uma ausência de perspectiva futura e rendição a interesses de curto prazo, como os recentes episódios de desonestidade financeiras, que levaram ao colapso do sistema económico, atingindo as faixas mais fracas dos aforradores, confirmam que a ética social rege-se apenas com base na qualidade de cada pessoa individualmente». Numa mensagem proferida num lectio magistralis sobre a Encíclica «Caritas in veritate» que decorreu em Génova.
FAMÍLIA E JUSTIÇA SOCIAL - «Haver subvalorizado o impacto da família no plano social e económico, reconduzindo-a a uma mera questão privada, senão mesmo um resquício cultural do passado, foi uma miopia da qual hoje se estar a pagar as consequências, sobretudo as gerações mais jovens, sempre menos numerosa e sempre menos importante». Para o Cardeal Bagnasco não se podem «manter separados os temas relativos à justiça social dos do respeito da vida e da família». Consequentemente «erram todos o que nestes anos, incluindo o nosso país, se contrapuseram entre os defensores da ética individual e os proponentes da ética social». Porque «na realidade ambas estão juntas». Demonstra-o ainda «o crescente conhecimento que a questão demográfica, está certamente ligada à dinâmica afectiva e familiar, representando mesmo um elo decisivo das políticas económicas e em última análise do Estado Social». Segundo o Presidente da CEI, abordando este temas a Encíclica «ajuda a sobressair um sentido mais profundo do desenvolvimento e sabe colocar relacionar os direitos individuais com um quadro de deveres mais alargado, ajudando assim a entender de uma forma correcta a liberdade individual que deve sempre ter em conta a responsabilidade social».
A VIDA – O purpurado referiu-se ainda que para o Papa «a eugenética é muito mais preocupante que a perda da biodiversidade no ecossistema», bem como, «o aborto e a eutanásia corroem o sentido da lei e impedem à partida o acolhimento dos mais fracos, representando uma ferida para a comunidade humana com enormes consequências de degradação».
(©Corriere della Sera - 20 de Setembro de 2009, tradução e adaptação de JPR)
1 comentário:
Que exemplos de respeito pela vida estamos a deixar como legado aos nossos filhos? Que valores estamos nós responsáveis a transmitir? Tantas imagens de crueldade que se tornam normais. A comunicação social faz belas reportagens de locais paradizíacos. E o resto do mundo com fome? Não duvido que surjam grandes convulções sociais porque há muita lama espiritual. Uma coisa que advirto muito é para a palavra amor. Era bom que se abrissem mais com os jovens e lhes mostrassem como se ama. Por exemplo: O Senhor colocou no meu caminho por estes dias dois doentes em risco de vida. Não percebi nada mas fui fiel. Segui todos os passos que o amor ensina. Esse amor não era eu mas si Jesus no meu coração. Vi momentos de aperto. O que estava pior precisou do terço da Misericórdia. Olhava-me sem forças para falar um com os olhos falava:- Vou viver? E eu com os meus olhos dizia-lhe sim. Este meu sim era verdadeiro porque eu sentia o coração a arder. Já foram para casa os meus "meninos" e a vontade do Senhor foi concluída. O mundo mundanista viu o meu desempenho e duvidou da minha honestidade. "Eu teria tido casos com eles no passado". Os amigos do Senhor são muito perseguidos pelo mundo. Faz parte da luta. É por isso que vou fazendo tudo o que me é pedido em segredo. O que eu aprendi com este trabalho foi: Os dois homens que foram miraculados têm filhas da mesma idade, com o mesmo nome e a mesma profissão. Depois de meditar bem nesta coincidência percebi que a minha preparação é que devemos orar por todos os doentes hospitalizados e por todos os doentes do mundo inteiro entregues à sua sorte. Foi a obra do Senhor em mim e em quem me ajudou. Glória seja dada sempre, sempre ao Pai. É bom ser confidente do Senhor Nosso Pai. Obrigada pela oportunidade de dar este testemunho.
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