Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 20 de agosto de 2011

Uma cascata de luz (Editorial)


O primeiro pensamento de Bento XVI em voo rumo à Jornada mundial da juventude em curso em Madrid foi para o seu predecessor, que desta realidade teve a intuição originária, mas a imagem mais sugestiva sobressaiu imediatamente depois dos lábios do Papa, respondendo aos jornalistas. Com efeito, para definir o encontro madrileno - e os vinte e cinco que o precederam - o Sumo Pontífice falou de uma "cascata de luz", sinal que permite a visibilidade de Deus no mundo.

Este é o sentido, e não outros, da decisão de João Paulo II - agora beato e invocado entre os padroeiros, ou seja, os amigos invisíveis e mais próximos, dos jovens reunidos na capital espanhola - quando lançou a iniciativa destas Jornadas. Não exibições de força, não reuniões de massa tanto grandiosas quanto efémeras, mas ocasiões de amizade para além dos confins, lugares de encontro para dar espaço a Deus, para permitir sementeiras que, como aquelas narradas nas parábolas evangélicas, amadurecem no silêncio interior das almas. Uma coincidência singular une a participação de Bento XVI e a do seu predecessor nestes encontros: ambos, com efeito, na sua terceira viagem à Espanha participaram numa Jornada mundial da juventude. Quem o recordou foi o rei Juan Carlos, na presença dos principais representantes do Governo e da oposição, na sua cordial saudação ao Papa. E igualmente cordial foi o discurso do Sumo Pontífice, que antes de tudo quis agradecer ao grande país o esforço de hospitalidade às centenas de milhares de jovens vindos do mundo inteiro.

Com efeito, quase duzentos países de todos os continentes estão representados em Madrid. Já no percurso do aeroporto ao centro da metrópole os jovens saudaram Bento XVI agitando balões e bandeiras e lançando nuvens de confetes multicoloridos. Prelúdio simples e jubiloso da grande festa que chega ao seu ápice, mas que foi prolongadamente preparada e que durante muito tempo dará os seus frutos. Sem dúvida, visível e extremamente vivaz, mas que se revela sobretudo ao olhar da fé, porque esta é a sua motivação mais profunda.

O Papa observou que os próprios jovens deveriam explicar porque do mundo inteiro chegou à capital espanhola esta multidão variegada, acrescentando imediatamente depois que contudo podemos pensar que o desejo deles é ouvir a Palavra de Deus, que fala continuamente a cada pessoa, talvez só num sussurro, mas sempre motivando a enfrentar os desafios do mundo, os problemas e as dificuldades que não cessam de se multiplicar. Como demonstrou e demonstra a actualidade dramática destes meses que, em muitos países, difunde inquietação nos jovens. E precisamente as notícias destes últimos tempos confirmam o ensinamento constante da Igreja sobre as realidades sociais: o homem deve estar no centro da economia. Segundo Bento XVI, a dimensão ética permanece em síntese fundamental, na responsabilidade pelo bem comum e pelo futuro do planeta. O grande número de voluntários que trabalham no mundo demonstra que isto é possível e já hoje edifica o futuro de todos. A caminho de Deus. 

Giovanni Maria Vian

(© L'Osservatore Romano - 20 de Agosto de 2011)

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