O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lançou uma campanha global para chamar à atenção para os problemas sentidos pelos 12 milhões de apátridas existentes no mundo.
Para António Guterres, que dirige o ACNUR, os cidadãos sem nacionalidade e que não fazem parte das estatísticas dos países onde vivem, são as pessoas mais marginalizadas do mundo e que precisam desesperadamente de ajuda.
Aproveitando os 50 anos da assinatura de uma convenção para a redução do número de apátridas, este alto comissariado quer chamar à atenção para a falta de condições de vida destes cidadãos do mundo, mas que não pertencem a nenhum país.
Por isso, os apátridas, que são muitas vezes um alvo fácil e foco de tensão na sociedade, não podem comprar casa, não podem abrir conta num banco, não podem casar nem registar filhos.
Segundo o ACNUR, este problema atinge em particular o Sudeste Asiático, a Ásia Central, a Europa de Leste e o Médio Oriente em particular por causa da mudança de fronteiras e transferência de territórios.
Para a ONU, o problema é reconhecido, mas há falta de vontade para o resolver, uma vez que só 66 dos 193 países-membros da ONU assinaram a convenção que estabelece os direitos básicos destes cidadãos.
Por outro lado, apenas 33 assinaram a convenção para a redução do número de apátridas.
Rádio Vaticano
Sem comentários:
Enviar um comentário