Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Especial São Paulo - Epístolas do cativeiro – III

Colossenses (1)

A sua autenticidade paulina foi pacificamente admitida na Igreja desde os primeiros tempos até ao século XIX, em que alguns críticos começaram a duvidar de que toda ou partes desta epístola tenha São Paulo como autor. Os motivos destas dúvidas apoiam-se no progresso da sua doutrina relativamente às epístolas anteriores e no uso de vocábulos novos. Tais motivos, porém, não parecem suficientes para negar a tradicional adjudicação a São Paulo da epístola, em todas as suas partes.


A cristandade de Colossas não foi directamente fundada por Paulo, mas pelo seu discípulo Epafras. E foi este, precisamente, quem informou o Apóstolo, pelo ano 62, na sua prisão domiciliária de Roma, da situação doutrinal preocupante originada naquela comunidade. Hoje pensa-se que se trata da infiltração entre os cristãos de Colossas de primeiros avanços de gnose iraniana e mesopotâmica, veiculada por viajantes judeus. As doutrinas gnósticas começaram a penetrar nos países do Império romano em meados ou princípios do século I d.C., principalmente através de certos judeus e de outro ambientes filosóficos ou religiosos helénicos.


Distinguia-se a gnose pela sua concepção dualista de Deus, do homem e do mundo: dois princípios opostos, o bem e o mal, o espírito e a matéria, estavam na explicação especulativa de todas as coisas. A gnose apresentava-se a si mesma como a Sabedoria mais elevada, superadora de todas as outras religiões – incluindo o cristianismo -, que considerava como explicações imperfeitas, úteis provisoriamente para o vulgo. Os primeiros rebentos de gnose em Colossas pareciam tentar conciliar o cristianismo com tal filosofia: para os gnósticos Cristo, por ser homem, era inferior às potestades angélicas, mais puramente espirituais; Cristo seria um éon, intermédio entre Deus (o Espírito) e a matéria.

(continua)
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 442) 



Continua

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