Um dos quatro bispos da Sociedade de São Pio X, que reúne os católicos
tradicionalistas seguidores do arcebispo Marcel Lefebvre e que se encontra em
situação de ruptura com Roma, declarou recentemente a sua recusa a uma
reunificação com o Vaticano.
Numa homilia proferida no Domingo da Santíssima Trindade, o bispo Bernard Tissier de Mallerais comparou a luta dos tradicionalistas à resistência contra heresias antigas e disse que era cedo para aceitar qualquer reintegração.
Referindo-se a grandes heresias do passado da Igreja, o bispo tradicionalista afirmou que “a história mostra-nos que as longas crises da Igreja duram 70 anos, o Arianismo, o Grande Cisma. Por isso, a crise conciliar provavelmente durará cerca de 70 anos. Isso significa que temos de esperar mais 30”.
Mais à frente o bispo dá a entender que os tradicionalistas devem esperar que toda a Igreja Católica se “converta” dos seus erros, antes de aceitar regressar a Roma e indica que isso está ainda longe de acontecer: “Se ao menos pudéssemos dizer que os conciliaristas se estão a converter – mas isso simplesmente não é verdade. Nem um, nem em Roma nem nas dioceses, nenhum deles se está a converter”.
A Sociedade de São Pio X entrou em ruptura com Roma quando o seu fundador, o arcebispo Marcel Lefebvre, ordenou quatro bispos sem autorização de João Paulo II. Os cinco foram automaticamente excomungados pela sua acção.
Os membros da SSPX rejeitam algumas das reformas e dos ensinamentos do Concílio Vaticano II, incluindo as alterações à liturgia e a aceitação do ecumenismo, diálogo inter-religioso e liberdade religiosa.
Em 2009, como gesto de boa vontade, Bento XVI levantou as excomunhões dos quatro bispos ordenados por Lefebvre, que entretanto já tinha morrido.
A SSPX, pela voz do seu superior-geral, o bispo Bernard Fellay, tem estado em conversações com Roma para chegar a uma reconciliação. É sabido que o Vaticano enviou para os tradicionalistas um “preâmbulo doutrinal”, cujo texto é confidencial, e que, após algumas modificações, foi aceite por Fellay. Espera-se agora que Bento XVI proponha uma estrutura autónoma na Igreja para os tradicionalistas, o que poderá estar iminente.
Contudo, recentemente emergiu uma carta pessoal, assinada pelos restantes três bispos ordenados por Lefebvre em 1988, incluindo Tissier de Mallerais, a pedir a Fellay que não aceite qualquer proposta de Roma, indicando a existência de divisões internas na sociedade.
Numa frase que parece aludir ao tal “preâmbulo doutrinal”, Mallerais advertiu agora na sua homilia: “Devemos recusar textos ambíguos, continuar a condenar o erro e professar correctamente a fé católica. A crise do concílio está em força, devemos ser firmes a condenar os erros do Concílio”.
Embora uma reunificação entre Roma e a Sociedade pareça estar cada vez mais próxima, também se vai tornando claro que pelo menos dois dos bispos tradicionalistas, eventualmente três, ficarão de fora de qualquer acordo. O Vaticano também o deu a entender quando disse que em caso de se confirmar a reunificação, o estatuto dos bispos da sociedade será analisada caso a caso.
Numa homilia proferida no Domingo da Santíssima Trindade, o bispo Bernard Tissier de Mallerais comparou a luta dos tradicionalistas à resistência contra heresias antigas e disse que era cedo para aceitar qualquer reintegração.
Referindo-se a grandes heresias do passado da Igreja, o bispo tradicionalista afirmou que “a história mostra-nos que as longas crises da Igreja duram 70 anos, o Arianismo, o Grande Cisma. Por isso, a crise conciliar provavelmente durará cerca de 70 anos. Isso significa que temos de esperar mais 30”.
Mais à frente o bispo dá a entender que os tradicionalistas devem esperar que toda a Igreja Católica se “converta” dos seus erros, antes de aceitar regressar a Roma e indica que isso está ainda longe de acontecer: “Se ao menos pudéssemos dizer que os conciliaristas se estão a converter – mas isso simplesmente não é verdade. Nem um, nem em Roma nem nas dioceses, nenhum deles se está a converter”.
A Sociedade de São Pio X entrou em ruptura com Roma quando o seu fundador, o arcebispo Marcel Lefebvre, ordenou quatro bispos sem autorização de João Paulo II. Os cinco foram automaticamente excomungados pela sua acção.
Os membros da SSPX rejeitam algumas das reformas e dos ensinamentos do Concílio Vaticano II, incluindo as alterações à liturgia e a aceitação do ecumenismo, diálogo inter-religioso e liberdade religiosa.
Em 2009, como gesto de boa vontade, Bento XVI levantou as excomunhões dos quatro bispos ordenados por Lefebvre, que entretanto já tinha morrido.
A SSPX, pela voz do seu superior-geral, o bispo Bernard Fellay, tem estado em conversações com Roma para chegar a uma reconciliação. É sabido que o Vaticano enviou para os tradicionalistas um “preâmbulo doutrinal”, cujo texto é confidencial, e que, após algumas modificações, foi aceite por Fellay. Espera-se agora que Bento XVI proponha uma estrutura autónoma na Igreja para os tradicionalistas, o que poderá estar iminente.
Contudo, recentemente emergiu uma carta pessoal, assinada pelos restantes três bispos ordenados por Lefebvre em 1988, incluindo Tissier de Mallerais, a pedir a Fellay que não aceite qualquer proposta de Roma, indicando a existência de divisões internas na sociedade.
Numa frase que parece aludir ao tal “preâmbulo doutrinal”, Mallerais advertiu agora na sua homilia: “Devemos recusar textos ambíguos, continuar a condenar o erro e professar correctamente a fé católica. A crise do concílio está em força, devemos ser firmes a condenar os erros do Concílio”.
Embora uma reunificação entre Roma e a Sociedade pareça estar cada vez mais próxima, também se vai tornando claro que pelo menos dois dos bispos tradicionalistas, eventualmente três, ficarão de fora de qualquer acordo. O Vaticano também o deu a entender quando disse que em caso de se confirmar a reunificação, o estatuto dos bispos da sociedade será analisada caso a caso.
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