Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Viver de fé: o Sermão da Montanha

Jesus queria mostrar o caminho às pessoas, os pontos de apoio correctos para uma vida plena [...]. Certa vez, subiu a uma montanha, e o seu sermão abriu, de certa forma, um novo capítulo.

Não há dúvida de que o Sermão da Montanha ocupa um lugar simbólico. Mais ainda: com esse sermão, irrompe uma nova etapa da humanidade, que é possível porque Deus se une aos homens. Ele não se situa apenas no mesmo nível que Moisés, o que, para os ouvintes, certamente já não era fácil de assimilar, mas fala das alturas do autêntico legislador, do próprio Deus. Neste sentido, o Sermão da Montanha é, em muitos aspectos, a expressão mais vigorosa da sua reivindicação divina [como Filho de Deus]; o Senhor afirma que, a partir desse momento, a Lei do Antigo Testamento encontra a sua mais profunda explicação e a sua vigência universal, não por uma intervenção humana, mas graças ao próprio Deus.

As pessoas compreendem isso. E percebem também com muita força, digamos, o duplo aspecto do Sermão da Montanha: que essa mensagem traz consigo uma nova intimidade, um novo amadurecimento e bondade, uma libertação daquilo que é apenas superficial e externo; e, ao mesmo tempo, um novo nível de exigência, uma exigência tão fora de proporções que quase esmaga a pessoa.

Quando o Senhor diz: "Já não vos digo apenas: Não podes cometer adultério, mas nem sequer olhar a mulher com desejo"; quando diz: "Não somente não matarás, como nem sequer guardarás rancor ao próximo"; e quando diz: "Não basta o olho por olho e dente por dente, mas, quando alguém te bater numa das faces, oferece-lhe a outra", somos confrontados com uma exigência que, embora dotada de uma grandeza que provoca admiração, parece desmedida para o ser humano. Ou pelo menos o seria, se Jesus Cristo já não a tivesse experimentado antes e se não fosse uma consequência do encontro pessoal com Deus. Aqui vemos realmente a condição divina de Cristo: não é mais outro enviado [de Deus], mas o definitivo, e nEle se manifesta o próprio Deus.

(Cardeal Ratzinger em ‘La fe, de tejas abajo’)

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