Papa escreve ao presidente da Pontifícia Comissão Bíblica, que até sexta-feira realiza assembleia plenária
Bento XVI considera que as interpretações da Bíblia que “negligenciam” a sua inspiração divina passam ao lado da sua característica mais “importante”, “preciosa” e “decisiva”, que é a “proveniência de Deus”. “Este género de aproximação ocupa-se da palavra meramente humana”, ainda que ela possa ser “de uma extraordinária profundidade e beleza”, conduzindo à perda do “inestimável tesouro” contido nos textos, sublinha o Papa em mensagem revelada hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé. O texto é dirigido ao cardeal norte-americano William Levada, presidente da Pontifícia Comissão Bíblica, organismo que realiza entre segunda e sexta-feira, no Vaticano, a sua assembleia plenária, dedicada ao tema ‘Inspiração e Verdade da Bíblia’. É “essencial e fundamental para a vida e missão da Igreja que os textos sagrados sejam interpretados segundo a sua natureza: a Inspiração e Verdade são características constitutivas desta natureza”, sublinha Bento XVI. O Papa adverte que o critério da inspiração não pode ser aplicado de “modo mecânico” a partir de uma só frase ou expressão, pelo que “uma boa hermenêutica [interpretação]” deve ter em conta a “totalidade” e “unidade da história de Deus” revelada na Bíblia, onde os seus elementos singulares se “iluminam reciprocamente”. No texto com data de 2 de Maio, Bento XVI recorda que o tema da assembleia plenária constitui “um dos pontos principais” da sua exortação ‘Verbum Domini’, publicada em 2010. RM |
(Fonte: site Agência Ecclesia)
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