"O
teu nome será uma bênção", disse Deus a Abraão no princípio da História da
salvação. Em Cristo, filho de Abraão, cumpre-se em plenitude essa palavra.
Ele é
uma bênção para toda a criação e para todos os homens. Por isso mesmo, a cruz, que
é o seu sinal no céu e na terra, tinha que converter-se no gesto de bênção propriamente
cristão. Traçamos o sinal da cruz sobre nós mesmos e entramos assim no poder de
bênção de Jesus Cristo. Fazemos o sinal da cruz sobre as pessoas para quem desejamos
a bênção. Fazemos o sinal da cruz também sobre as coisas que nos acompanham na
vida e que queremos voltar a receber das mãos de Deus.
Mediante
a cruz, podemos abençoar-nos uns aos outros. Pessoalmente, nunca esquecerei com
que devoção e com que recolhimento interior o meu pai e a minha mãe ajudavam os
seus filhos a persignar-se com água benta, quando éramos pequenos. E faziam-nos
também o sinal da cruz na testa, na boca, no peito, quando íamos ausentar-nos, sobretudo
se se tratava de uma ausência particularmente longa.
(Cardeal Joseph Ratzinger in ‘El
espíritu de Ia liturgia’)
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