O cristianismo não é um sistema intelectual, uma coleção de dogmas ou um moralismo. O cristianismo é, pelo contrário, um encontro, uma história de amor. Esse "caso" de amor com Cristo, essa história de amor [...], é ao mesmo tempo completamente alheia a qualquer entusiasmo superficial ou romanticismo vago. [...]
Encontrar Cristo significa segui-lo. Esse encontro é uma estrada, uma jornada, uma jornada que também passa pelo vale da sombra da morte (Si 22 [23], 4). O Evangelho fala-nos das trevas que envolveram os sofrimentos finais de Cristo, da aparente ausência de Deus, do eclipse do Sol do mundo. [...] Segui-lo significa passar pelo vale da sombra da morte, enveredar pelo Caminho da Cruz, enquanto se vive na verdadeira alegria.
Por que é assim? O próprio Senhor traduziu o mistério da Cruz, que no fundo é o próprio mistério do amor, por meio de umas palavras que exprimem integralmente a realidade da nossa vida. Diz: Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á (Mt 16, 25).
(Cardeal Joseph Ratzinger in homilia no funeral de Luigi Giussani, L’Osservatore Romano, 06.10.2002)
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