"Carpe diem" é uma expressão latina que significa colhe o dia, aproveita o momento. Foi usado pelo poeta latino Horácio (65 a.C.-8 a.C.), que na linha do epicurismo, exorta a sua amiga Leuconoe a aproveitar o presente, antes que este seja passado, pois a vida é breve, a beleza perecível e a morte uma certeza.
O poeta Horácio, no Livro I de Odes, escreve: "Dum loquimur, fugerit inuida / aetas: carpe diem, quam minimum credula postero." (De inveja o tempo voa enquanto nós falamos: / trata pois de colher o dia, o dia de hoje, / que nunca o de amanhã merece confiança." ? trad. David Mourão-Ferreira).
"Carpe diem" é, muitas vezes, interpretado apenas como aproveita o dia, mas é possível encontrar um significado mais extenso de desfrutar a vida em todos os sentidos, sem preocupações com o futuro. Basta lembrar que esta exortação é feita a Leuconoe (personagem verdadeira ou imaginária) e que, tendo um valor ético-filosófico de saber viver o momento presente, pode conter, também, um valor libidinoso que sugere o prazer antes que a vida não deixe gozar esses instantes.
Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, é apologista do "carpe diem", pois considera que a vida é breve ("Quanto vivas / Sem que o gozes, não vives."; "O prazer do momento anteponhamos / À absurda cura do futuro").
A expressão "carpe diem" aparece em destaque no filme "Clube dos Poetas Mortos", a lembrar às personagens - estudantes - que a vida é muito breve e deve ser vivida quotidianamente.
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