Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 28 de março de 2012

"Pode um católico crente candidatar-se a Presidente?" - Matthew Archbold (agradecimento 'É o Carteiro!')



Notícia de última hora! Rick Santorum é católico!
Não é isso -  é mesmo católico. O quê? Alguém sabia?

Veio à luz que Santorum, em várias entrevistas, disse que concorda com a Igreja e que a contracepção é "prejudicial para a mulher".

(Suspender aqui a respiração). De facto, essas declarações foram tão bloqueantes que tardou vários meses até que as pessoas se apercebessem de quanto as tinham ofendido.
Em Outubro, Santorum disse numa entrevista:

Uma das coisas de que eu vou falar e que nenhum Presidente
falou antes é que eu penso nos perigos da contracepção no
nosso país, da ideia libertina sexual. Muitos dos que têm fé
cristã disseram: "Tudo bem. Tudo bem com a contracepção"

Não, não está "tudo bem", porque é uma licença para fazer
coisas no âmbito sexual que vão contra aquilo que é suposto
as coisas serem.

Tal como Santorum tornou suficientemente claro na entrevista, ele não está a falar de ilegalizar os contraceptivos. Ele está a falar das suas convicções pessoais.

Jennifer Rubin, do Washington Post classificou estas declarações como "estafadas" e diz que vão aniquilar as hipóteses eleitorais de Santorum.

Matt Lewis do The Daily Caller escreveu que Santorum pode acreditar no que ele bem quiser, mas se ele quiser ganhar ele não pode falar de contracepção.

Pelos vistos, Santorum acha que é quase desonroso esquivar
as perguntas sobre os valores essenciais. A sua candidatura
não está lá apenas para ganhar, mas está para enviar uma
mensagem à América. Ele agora tem um palco e microfones
– um poder grande, com uma responsabilidade grande – e não
seria melhor que ele prescindisse desta ocasião para dar lições...
ou fazer proselitismo?

Em suma: ok, ele pode ser um candidato presidencial católico, desde que não fale disso.

Lewis pode ter razão de que pode não ser esperteza política, mas penso que uma das razões pelas quais Santorum está a subir está em que ele é aquilo que diz que é. Santorum não é um candidato tipo cassete ou teleponto. Ele é o oposto de Obama.

Mas deixemos de lado por uns momentos a questão da táctica política.

Vale a pena falar sobre a posição de Santorum. Há um conjunto de temas que os candidatos têm realmente referido como o desinteresse paternal, o aborto, a subida em flecha das doenças de transmissão sexual nas raparigas, tudo assuntos levados a debate.

Mas eu gostaria de saber como é possível falar seriamente desses assuntos sem debater a mentalidade contraceptiva? Evitar debater como a mentalidade contraceptiva contribui para esses três grandes problemas é não querer ser sério a debater os temas.

Matt Lewis diz simplesmente que os americanos não querem que os políticos falem da contracepção. Como assim? Os Democratas estão sempre a falar disso.

Na cartilha democrata parece que não há outra solução para os males que a América hoje enfrenta. Aquecimento global? – contracepção.
Pobreza? – contracepção. Aborto? – contracepção. Dívida? – contracepção.

O que acontece é que não nos deixam debater as consequências negativas de uma elevada percentagem da população feminina a ingerir substâncias cancerígenas e a sentir-se capaz de descer ao leito com homens em quem não confia ou que não ama.

Santorum disse que ele pensa que o controlo da natalidade é prejudicial para as mulheres. Repare-se que ninguém pegou no tema em si mesmo. Querem-no silenciado. Está fora do jogo. É anti-mulher.

É uma controvérsia induzida que concretiza o roteiro por onde os opositores de Santorum tentam neutralizar a sua candidatura.

Ao dizer, como fez Jennifer Rubin, que a declaração de Santorum "mina a elegibilidade de Santorum" está a dizer-se que ser católico crente é desqualificar-se para qualquer serviço público.

Talvez tenha razão. Talvez seja, actualmente, um "desqualificador".
Talvez hoje seja ainda preciso ser um católico tipo Sebelius ou tipo Pelosi [católicos assumidos assumindo opções contrárias ao pensamento da Igreja Católica] para conseguir ter êxito.

Mas então, não será esse outro debate que vale a pena fazer?
Ou será que também esse debate não está autorizado?

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