Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Caminha Quaresmal - 10º dia

Rembrant

Evangelho de hoje (vide s.f.f. inserção abaixo)

Que belo e profundo tema para a Quaresma: o perdão!

Não apenas o perdão que sai da boca, mas não chega ao coração.

Não aquele perdão de palavras, que é acompanhado interiormente por um “perdoar, perdoo, mas não esqueço”.

É que esquecer não podemos, porque temos a memória que Deus nos deu, mas podemos recordar sem mágoa para nós, nem ressentimento àquele que nos ofendeu, e quando aquela frase toma conta de nós, significa no fundo que não perdoámos.

Mas sim o verdadeiro perdão, aquele que traz a paz e o amor, e nos faz viver a alegria de sermos irmãos em Cristo, filhos de Deus.

O perdão aos outros, àqueles que nos ofendem, mas também o perdão a nós próprios, porque tantas vezes, pelas nossas fraquezas nos deixamos levar por vícios, que apenas nos prejudicam e magoam.
Por vezes é tão difícil enfrentarmos os nossos erros, e perdoá-los em nós.

Olhemos para trás também, para a nossa infância e adolescência, e percebamos se houve algo com os nossos pais, os nossos irmãos, os nossos professores, com aqueles que tiveram algum ascendente sobre nós, e nos magoou.
Perdoemos então, do fundo do coração, para que a paz se instale em nós, e possamos viver o presente, recordando com alegria o passado.
É que por vezes há coisas do passado que ensombram o nosso presente e nós não nos apercebemos disso.

Perdoemos também à Igreja, ao Papa, aos Bispos e Sacerdotes, se alguma vez nos sentimos menos amados, incompreendidos, ou até nos sentimos excluídos, porque não fomos atendidos com amor, com dedicação, com entrega, porque houve momentos em que a Doutrina nos foi difícil, nos magoou, nos entristeceu.
Perdoemos então, para vivermos em comunhão.

E não estamos nós por vezes “zangados” com Deus?
Porque Ele não nos concedeu o que queríamos, ou permitiu que acontecesse na nossa vida, aquilo que não desejávamos?
Então perdoemos a Deus também, compreendendo que se algo não nos foi concedido, ou se algo foi permitido na nossa vida, foi para o nosso bem, porque só Ele sabe do que precisamos e só Ele consegue tirar do mal o bem.

E em todas estas ocasiões, somos nós muitas vezes os ofensores, por isso não nos esqueçamos então de pedirmos perdão por tudo aquilo que fizemos a outros, e não queremos que nos façam a nós.
Ou melhor, como nos ensina Jesus Cristo, façamos aos outros justamente aquilo que queremos para nós.

Revestidos do perdão, cheios de amor, edificados na Palavra de Deus, rezemos então:

Obrigado Senhor, porque me amas, e no Teu amor me fazes amar o meu irmão, me reúnes em família, me ensinas a viver em comunhão, e me exortas a amar-Te cada vez mais.
Amen.

Amanhã continuamos a caminhada com a Marili em   "Tudo posso naquele que me fortalece!" (Fl 4,13).

Joaquim Mexia Alves

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