Imagine-se, de hoje a 15 dias, sem poder sair de casa para ir à Igreja celebrar o Natal. E que, mesmo dentro casa, reunido com a sua família e amigos, poderá perder a vida… só pelo simples facto de ser cristão.
Pois é disso mesmo que, neste momento, têm medo os católicos iraquianos.
Hisham tem 29 anos e já recebeu duas ameaças de morte, por se recusar a abandonar o país. Wasim, com 67 anos, sente-se isolado e pensa seriamente em emigrar para a Síria, com medo que raptem a sua filha, jovem universitária. Shimoun, com 25 anos, continua a ter pesadelos desde o ataque sangrento à catedral e tenta resistir às pressões da família para emigrar para a Jordânia. Senah, com 69 anos, vive em Bagdad e é uma professora reformada.
Testemunha que a sua vida se resume a duas palavras: medo e esperança. Medo, por causa da Al-Qaeda e das suas milícias, que há muito definiram os cristãos como alvo a abater, e esperança pelo amor que tem à terra onde nasceu e pelo pedido que, nestes dias, fez chegar até nós.
“Este Natal será uma grande provação para os cristãos que aqui ficaram”, disse ela. “Peço aos nossos irmãos no estrangeiro que não se esqueçam de nós. Precisamos muito de sentir a vossa companhia”.
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
2 comentários:
Procuremos não nos esquecer dos nossos irmão iraquianos nas nossas orações, roguemos ao Senhor por intercessão da Rainha da Paz para que estes possam passar um Natal tranquilo e viver todos os dias como cidadãos livres de todos os ódios e incompreensões. Obrigado!
Que exemplo de fé dão estes nossos irmãos! Tal como os primeiros cristãos mantêm-se firmes naquilo em que acreditam pondo inclusivamente em perigo a sua própria vida. Que eles sejam um exemplo para nós que tantas vezes ficamos instalados numa religião morna apenas cheia de rituais.
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